Descrição de chapéu Obituário Mario Achilles Pereira de Barros (1973 - 2022)

Mortes: Apaixonado por cerveja e surfe, contou com os amigos até o fim

Mario morreu em decorrência de um melanoma, que descobriu há pouco mais de um ano

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São Paulo

Burocracia, contrato e papelada não eram a praia de Mario Achilles Pereira de Barros, 48. Seu irmão mais novo Carlos Amadeu o define como alguém que veio ao mundo a passeio. "Ele trabalhava, mas não era o negócio dele. Ele gostava mesmo de festa, diversão e curtir a vida ao lado dos amigos", diz.

Ele e o irmão cresceram no bairro, do Paraíso, em São Paulo, na casa da avó —que não gostava da ideia dos netos brincarem na rua. Por isso, eles e os amigos montaram uma pista de bicicross no quintal da avó, que era repleto de jabuticabeiras.

Apaixonado pelo surf e cerveja, Mario Achilles Pereira de Barros morreu em decorrência de um melanoma
Apaixonado pelo surfe e cerveja, Mario Achilles Pereira de Barros morreu em decorrência de um melanoma - Reprodução

"Se criou um grupo muito grande dessa turma", diz o irmão. Ele ganhou o apelido de "Mario Surf" entre os amigos. Em sua juventude, Mario surfava todo fim de semana e sempre adorou o mar, assim como o irmão.

Mario se formou como designer gráfico, mas sua verdadeira paixão eram cervejas artesanais. Não à toa, no ano passado, ele abriu um bar junto com Carlos.

"Ele me chamou para fazer parceria porque estava com um problema de saúde, que lhe tomaria um certo tempo", diz o irmão. Na verdade, Mario havia descoberto um melanoma, mas não quis que os amigos descobrissem para evitar a preocupação.

Ele tinha convicção de que ficaria bem e queria ver os amigos felizes no seu bar. "Quando eu sair disso, vou fazer festa lá", era o que ele costumava a dizer.

O irmão costuma dividir a vida de Mario em duas etapas: nos primeiros 25 anos, foram marcados por muita festa, balada e amigos ao lado o tempo todo. Com o tempo e após algumas decepções, acabou se fechando nos últimos anos.

Um amigo, que não sabia da gravidade da situação, resolveu visitá-lo e tomou um susto ao vê-lo debilitado. Assustado, ele avisou os amigos em um grupo sobre a situação de Mario. Não demorou muito para que mais de 25 pessoas se mobilizassem para fazer uma escala para visitá-lo e ajudá-lo — cozinhando e o levando ao médico, por exemplo.

"Ele conseguiu se despedir de todo mundo e foi muito legal isso"​, diz o irmão. Depois que o irmão morreu, no domingo (13), a turma começou a relembrar as histórias que viveram com ele: "algumas impagáveis e outras impublicáveis", brinca Carlos.

Mario deixa amigos, o irmão e dois sobrinhos.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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