Descrição de chapéu Obituário Dom Antônio Celso de Queirós (1933 - 2023)

Mortes: Dom Celso dedicou a vida ao bem-estar social

Bispo emérito de Catanduva morreu aos 89 anos no dia 16 de abril

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São Paulo

Dom Antônio Celso de Queirós, bispo emérito de Catanduva (a 386 quilômetros de São Paulo), dedicou toda sua vida sacerdotal ao bem-estar social e ao combate das mazelas que afligem o ser humano.

Dom Celso, como era conhecido, nasceu em Pirassununga, também no interior de São Paulo, em 24 de novembro de 1933, e teve três irmãs.

Mudou-se para Campinas, onde completou os estudos de primeiro e segundo graus. Entre os anos de 1956 e 1957, estudou filosofia na faculdade Nossa Senhora da Assunção, em São Paulo, e de 1957 a 1962, na Pontifícia Universidade de Comillas, na Espanha, onde foi ordenado presbítero em 17 de abril de 1960.

Dom Antônio Celso de Queirós - Divulgação/CNBB

Foi nomeado bispo auxiliar de São Paulo pelo papa Paulo 6º, em 15 de outubro de 1975, tendo recebido a ordenação episcopal em 14 de dezembro de 1975, na Catedral Metropolitana de Campinas, pela imposição das mãos de dom Antônio Maria Alves de Siqueira.

Dom Celso foi ainda professor do seminário diocesano de Campinas, de 1961 a 1962; professor de Iniciação Teológica e de Doutrina Social da Igreja na Universidade Católica de Campinas, entre 1961 e 1969, e da PUC-SP, entre 1968 e 1970.

Também foi o vigário geral da pastoral e coordenador da pastoral da arquidiocese de Campinas, assessor da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), de 1971 a 1975, e subsecretário-geral da CNBB, entre 1972 e 1975.

Foi bispo auxiliar na arquidiocese de São Paulo, entre 1975 e 2000, atuando especialmente como vigário episcopal da região do Ipiranga.

"Ele era uma pessoa generosa e fez o bem por onde passou. Era extremamente voltado para a condição da pessoa humana, se preocupava sempre com a igualdade e com as mazelas sociais. Mas o que mais ele nos mobilizou foi por sua fé, por conseguir nos sentir próximos e abençoados por sermos amados e termos a capacidade de amar", diz Alexandra Caprioli, secretária de Cultura e Turismo de Campinas, que conviveu desde pequena com dom Celso, a quem chamava de tio.

Ele era amigo da família e realizou o casamento dos pais dela em 1966 e também as bodas quando completaram 50 anos de união.

"Convivi minha infância inteira com ele e diversas vezes foi ele que me levava à escola e ia sempre contando histórias, fazendo analogias com coisas da Bíblia de uma forma lúdica", relembra.

"Ele foi absolutamente coerente com tudo o que ele sempre falou e escreveu. Sua opção sempre foi clara na atenção aos pobres e oprimidos. O lema episcopal dele era muito bonito e também não esquecerei 'Amou até o fim'", diz o economista Carlos Queiroz, sobrinho de dom Celso.

Em 9 de fevereiro de 2000, ele foi nomeado pelo papa João Paulo o primeiro bispo da diocese de Catanduva (SP), posição que ocupou até 2009.

Dom Celso passou os últimos anos de sua vida na capital paulista. Morreu no último dia 16, aos 89 anos. Deixou uma irmã e 15 sobrinhos. Foi sepultado na cripta da catedral Santuário Nossa Senhora Aparecida, em Catanduva.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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