Descrição de chapéu Obituário Jeffrey Abrahams (1947 - 2023)

Mortes: Caçador de talentos, era apaixonado pela vida e por pessoas

Jeffrey Abrahams se dedicou ao recrutamento de executivos para o agronegócio brasileiro

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São Paulo

Empresário e um dos maiores caçadores de talentos do país, Jeffrey Abrahams entrevistou mais de 10 mil executivos em sua carreira em empresas de recrutamento e seleção para o agronegócio.

Nascido em 19 de agosto de 1947, no Brooklyn, em Nova York, nos Estados Unidos, era filho do auditor das Forças Armadas dos EUA Maurice Abrahams e de Rosie Abrahams.

Sua história com o Brasil começou em 1950. Após a Segunda Guerra Mundial, ele embarcou em um navio para cá, juntamente com o irmão e os pais.

Jeffrey Abrahams (1947-2023) - Arquivo Pessoal

O pai logo se engajou em um ONG que trabalhava para erradicar a pobreza e combater a fome.

A paixão de Abrahams pelo agronegócio começou quando, ainda muito jovem, incentivado pelo pai, fez um curso de provador de café.

Casou-se com a paulistana Flávia Moraes de Oliveira em fevereiro de 1969, com quem teve dois filhos.

A paixão pela terra o levou de volta aos Estados Unidos, onde formou-se em engenharia agronômica pela Universidade Politécnica do Estado da Califórnia, em 1971. Em seguida, retornou ao Brasil.

Trabalhou em diversas multinacionais e viajou por todo o país. Sua inquietude o fez se desafiar. Deixando seu lado empreendedor falar mais alto, associou-se à empresa Tasa, cujo objetivo era recrutar e desenvolver talentos para o mercado, principalmente, para o agro.

Depois fundou sua própria empresa, a Abrahams, que após dez anos se fundiu com a Fesa Group. Nessa etapa, foi responsável por acelerar a carreira de grandes nomes do agronegócio.

"Ele era a pessoa mais viva, mais cheia de energia. Sempre ajudou todo mundo, sempre com ideias, com pensamento para a solução, fazendo as pessoas crescerem. Era muito generoso, apaixonado pela vida e guerreiro", conta a filha Vanessa Abrahams.

De acordo com ela, o pai não queria partir.

"Ele tinha um monte de projeto, era apaixonado por pessoas, por saber a história de vida de todo mundo, do taxista ao porteiro, do presidente ao ministro. Ele conhecia todo mundo. Era o maior caçador de talentos, sempre acreditava no potencial das pessoas", conta Vanessa, destacando que Jeffrey era um pai rígido, mas sempre presente, sempre trazendo reflexões. "Pelo que ele fazia, sempre tava deixando uma semente nas pessoas, que florescia."

Abrahams morreu em São Paulo no dia 30 de abril, aos 75 anos, depois de cerca de dois anos tratando um câncer e outras complicações de saúde. Deixou a esposa, um casal de filhos e uma neta.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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