Descrição de chapéu Obituário Laerte Martins (1940 - 2023)

Mortes: Economista, vivia em meio a planilhas, números e análises

Laerte Martins morreu aos 82 anos em decorrência de uma infecção bacteriana

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

São Paulo

Laerte Martins viveu da forma como gostava: em meio a planilhas, números e análises de indicadores econômicos.

Aos 82 anos, atuava com economista da Acic (Associação Comercial e Industrial de Campinas), onde trabalhou por 28 anos e ajudou a estruturar o departamento de economia, voltado à análise de dados do cenário local e regional. Ele ingressou na entidade após se aposentar e dedicou-se à função com afinco, determinação e respeito.

Laerte Martins (1940 - 2023)
Laerte Martins (1940 - 2023) - Divulgação/Acic

Martins nasceu no município de Urupês (a 378 km da capital paulista) e tinha duas irmãs. Mais tarde, mudou-se com a família para Campinas, em busca de crescimento e um futuro mais promissor.

No Brasil, estuou na Faculdade de Ciências Econômicas da PUC-Campinas e, nos Estados Unidos, na Universidade do Sul da Califórnia. Nos EUA, também estagiou no Departamento do Tesouro Americano.

Ao longo de 30 anos, foi analista financeiro e de projetos, diretor financeiro e administrativo de empresas públicas e privadas nacionais e multinacionais. Também foi professor universitário de economia internacional e teoria econômica.

Durante as quase três décadas em que ficou responsável pelo setor de economia da Acic, Martins foi referência para toda a imprensa regional com suas análises dos indicadores que mostravam para qual caminho a economia seguia.

"Ele tinha amor pelo trabalho. Trabalhou muito tempo fora, em São Paulo, Rio de Janeiro, mas quando se aposentou voltou para Campinas e foi convidado para estruturar esse setor da economia, levantamento de dados, estatística. Sempre com papel e caneta na mão e a calculadora. O Excel era um mistério absoluto na vida dele. Tentei ensinar várias vezes, mas ele não confiava", relembra a psicóloga Daniela Martins, sua filha, citando que o legado do pai é de ética e generosidade.

"Meu pai foi extremamente presente, um paizão muito preocupado, generoso com as pessoas. Um exemplo de caráter que eu carrego na vida. Não tem como não me espelhar nele com essas características tão fortes que ele sempre teve e eu como filha já observava."

Martins estava internado no Hospital Madre Theodora, em Campinas, desde 7 de julho, com pneumonia e complicações da Covid-19. De acordo com Daniela, o pai havia melhorado, mas foi acometido por uma infecção bacteriana e morreu em 31 de julho.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

Veja os anúncios de mortes

Veja os anúncios de missa

  • Salvar artigos

    Recurso exclusivo para assinantes

    assine ou faça login

Tópicos relacionados

Leia tudo sobre o tema e siga:

Comentários

Os comentários não representam a opinião do jornal; a responsabilidade é do autor da mensagem.