Descrição de chapéu violência

Mortes em operação policial chegam a 16 na Baixada Santista

Segundo o Governo de São Paulo, ocorrências foram reação a criminosos e serão investigadas

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São Paulo

O número oficial de pessoas mortas em confronto com as forças de segurança na Baixada Santista chegou a 16, segundo atualização da SSP (Secretaria da Segurança Pública) na manhã desta quarta (2).

"Todas as ocorrências com morte durante a operação resultaram da ação dos criminosos que optam pelo confronto, colocando em risco tanto vítimas quanto os participantes da ação", afirma o órgão da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos).

Helicóptero da policia militar sobrevoa comunidade do São Bento, em Santos - Danilo Verpa - 1º.ago.2023/Folhapress

As mortes foram registradas desde o começo da operação Escudo realizada na Baixada Santista desencadeada após o assassinato do soldado da Rota. É a segunda mais letal da história da corporação –atrás apenas do massacre do Carandiru, com 111 vítimas.

A operação foi estendida para a cidade de Santos, onde uma cabo da Polícia Militar foi baleada com tiro de fuzil por três criminosos na manhã desta terça (1º). Conforme a SSP (Secretaria de Segurança Pública) ao menos dois suspeitos foram mortos durante confrontos na nova operação.

Logo após a PM ser atingida, os autores do ataque seguiram para o morro São Bento. Lá teriam trocado tiros com policiais. Um agente público foi baleado na perna e socorrido.

De acordo com a SSP, a operação que visa combater o tráfico de drogas e o crime organizado prendeu, até o momento, 58 suspeitos. Deste total, 38 foram presos em flagrante e 20 eram procurados da Justiça. Outros quatro adolescentes foram apreendidos por tráfico de drogas. Também foram apreendidos 385 quilos de drogas, além de 18 armas, entre pistolas e fuzis.

Segundo o governo, todas as mortes são investigadas pela Deic (Divisão Especializada de Investigações Criminais) de Santos e pela PM por meio de Inquérito Policial Militar. As imagens das câmeras corporais serão anexadas aos inquéritos em curso, diz a SSP, e ficarão disponíveis para Ministério Público, Poder Judiciário e a Corregedoria da PM.

O governador defendeu novamente nesta terça a megaoperação policial em andamento na Baixada Santista. "Não existe combate ao crime organizado sem efeito colateral ", disse o governador, negando excessos na ação da PM.

"O que nós temos de relato até agora, e isso será investigado, é que os policiais foram recebidos a bala e reagiram. Uma reação que nós não desejamos. Agora, se tiver confronto, vai ter reação. A polícia tá lá para isso. Ela não pode se acovardar", afirmou o governador, que um dia antes se disse "extremamente satisfeito" com o andamento da operação.

A atuação dos agentes de segurança será investigada pelo Ministério Público de São Paulo.

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