Descrição de chapéu chuva

Enel diz que restabeleceu energia de 100% das casas afetadas por temporal em SP

Anúncio ocorre uma semana após temporal que derrubou árvores e instalou caos na capital

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São Paulo

A Enel, concessionária dos serviços de distribuição de eletricidade na região metropolitana de São Paulo, afirmou nesta sexta-feira (10) que restabeleceu a energia de todos os endereços que tiveram o serviço interrompido há uma semana. A previsão inicial era normalizar o fornecimento até a última terça (7).

Nesta quinta (9), às 19h, a empresa havia declarado que 99,99% dos clientes tinham o serviço normalizado. Em toda a Grande São Paulo, o número total de domicílios sem luz chegou a 2,1 milhões; em todo o estado foram 4,1 milhões de afetados.

A concessionária afirma que reconstruiu 140 quilômetros de cabos de energia. "Pedimos nossas sinceras desculpas a todos os clientes que demoraram a ter a energia restabelecida em suas casas", disse, em nota, o presidente da Enel Distribuição SP, Max Xavier Lins.

Funcionário da Enel trabalha em reparos na fiação elétrica em frente a um condomínio em SP - Rubens Cavallari - 8.nov.2023/Folhapress

Segundo a empresa, os reparos foram "extremamente complexos, exigindo a remoção de árvores de grande porte, em conjunto com Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, prefeituras e demais órgãos competentes". A concessionária afirma ainda que 95% das ocorrências de interrupção de energia foram causadas por queda de árvores.

Apesar do anúncio, moradores da capital reclamam que continuam sem energia elétrica em casa uma semana após a tempestade que atingiu o estado. Há relatos de problemas persistentes na Vila Mariana, na zona sul da capital, e na Vila Formosa, na zona leste.

Nos últimos dias, a Enel virou alvo de vários procedimentos em esferas do Executivo, Legislativo e Judiciário. A Prefeitura de São Paulo, por exemplo, diz que vai processar a empresa pela falta de energia. Segundo a gestão Ricardo Nunes (MDB), a Procuradoria-Geral do Município entrará com uma ação civil pública por descumprimento de acordo da Enel com a capital paulista e de outras normas legais.

Já o Ministério Público de São Paulo propôs que a Enel pague uma indenização aos moradores dos 2,1 milhões de imóveis atendidos pela concessionária no estado que ficaram sem luz.

O presidente da Enel Distribuição SP foi convocado na quarta (8) a depor em uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Assembleia Legislativa de São Paulo. Ele já havia participado da comissão no mês passado.

O presidente da Enel Brasil, Nicola Cotugno, também foi convocado. Os deputados estaduais devem questioná-los sobre a redução no quadro de funcionários da empresa.

Além disso, vereadores da Câmara Municipal de São Paulo aprovaram a abertura de uma CPI para investigar a prestação de serviço da Enel na cidade. Isso ocorre apesar de a concessão dos serviços de distribuição de energia ser federal e regulado pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica).

Em nota, a Enel diz que prestará todas as informações necessárias às autoridades.

"A companhia acrescenta que mantém uma relação de transparência com seus clientes e todos os seus públicos e está fortemente comprometida em oferecer um serviço cada vez melhor à população."

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