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Tempestade Akará cria corredor de umidade no país; veja previsão

Fenômeno aliado ao calor provoca chuvas isoladas nos próximos dias

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São Paulo

A tempestade tropical Akará, que se formou na costa brasileira e se desloca em direção ao Sul, deve se dissipar antes de chegar à terra. Sua presença, no entanto, já criou um corredor de umidade em todo o interior do país que tem influência direta no volume de chuvas neste mês de fevereiro.

Segundo a meteorologista Andrea Ramos, do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), ao longo desta semana vai ter muita chuva no país. Uma Zona de Convergência Intertropical deverá fortalecer as instabilidades, principalmente no nordeste do Pará e litoral dos estados do Maranhão, Piauí e Ceará.

"Apesar de bem distante do continente, a tempestade tropical Akará cria um canal de umidade que provoca grande instabilidade no Norte e Nordeste", diz Ramos. "O verão tem essa característica de calor e umidade, então, teremos uma semana típica de verão."

A tempestade tropical Akará está no litoral brasileiro e pode provocar ondas de 5 metros, segundo a Marinha
A tempestade tropical Akará está no litoral brasileiro e pode provocar ondas de 5 metros, segundo a Marinha - Cptec.inpe.br/dsat

A meteorologista destaca que esse cenário ainda possui influência do fenômeno El Niño, que está perdendo força e deverá chegar ao fim até maio.

"Janeiro fez bastante calor e teve muita chuva, e fevereiro está seguindo esta tendência, diferentemente do ano passado, quando quase todos os meses foram abaixo da média. Janeiro fechou com temperatura acima da média e em fevereiro ainda persiste esse padrão, mas pelo menos as chuvas estão mais constantes e tendem a continuar assim pelo menos nesta semana", fala Ramos.

A previsão do Inmet indica que até o dia 26 grandes acumulados de chuva devem atingir áreas das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste, podendo ultrapassar 80 milímetros em 24 horas.

Para a região Norte, são previstas pancadas de chuva no decorrer da semana, com valores maiores que 50 mm em praticamente toda a região, mas, principalmente, em áreas do Tocantins, Pará, Amazonas, Rondônia e Acre, podendo vir acompanhadas de raios, rajadas de vento e trovoadas. Nas demais áreas, não se descartam pancadas de chuva isoladas com menores acumulados.

Em grande parte do Nordeste, a previsão é de chuva em forma de pancadas, com maior intensidade em áreas do Maranhão, Piauí, Ceará, Pernambuco e Bahia, onde não se descartam volumes superiores a 70 mm. Nas demais áreas, chove de forma isolada e em menor intensidade.

No Centro-Oeste e no Sudeste são previstas pancadas de chuva localmente fortes, com volumes maiores que 80 mm, podendo vir acompanhadas de raios, rajadas de vento, principalmente em áreas de Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais, Espírito Santo, Rio de Janeiro e litoral norte de São Paulo, devido ao calor e alta umidade. Nas demais áreas, há previsão de chuva com menores acumulados, podendo superar os 30 mm, inclusive, na capital paulista.

Os dados do CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências Climáticas) da Prefeitura de São Paulo mostram que fevereiro acumulou até esta segunda-feira (19) 104,8 mm, o que representa 47,8% dos 219,1 mm esperados para o mês.

"A partir desta terça-feira (20) vai chover provavelmente mais generalizado que esta segunda em São Paulo. E vai continuar abafado", prevê o meteorologista do CGE Michel Pantera.

Na região Sul, estão previstas chuvas isoladas em áreas do Paraná e sul de Santa Catarina no decorrer da semana, podendo superar 30 mm. Nas demais áreas, a previsão é de pouca chuva.

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