Descrição de chapéu Obituário Sérgio Galdino (1961 - 2024)

Mortes: Gentil e inteligente, mudou de cidade por amor

Sérgio Galdino era pesquisador da Embrapa, onde trabalhou por mais de 20 anos

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São Paulo

Sérgio Galdino perdeu a mãe muito cedo, ainda criança, mas cresceu rodeado pelo amor do pai, dos irmãos e da madrasta. O amor também o fez mudar de cidade e viver em Campinas, interior de São Paulo, depois de se apaixonar novamente, após anos divorciado.

Sérgio nasceu e cresceu em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul. A família era bastante unida. Porém, sofreu um baque. Quando tinha 9 anos, ele e um casal de irmãos perderam a mãe, Wanda. O pai, Osmar Galdino, passou a cuidar dos três filhos sozinho. Depois conheceu Dona Geny, professora, se casaram e tiveram uma filha.

A professora fez questão de que as crianças tivessem a melhor educação possível, nas melhores escolas. Quando Sérgio passou no vestibular da UFV (Universidade Federal de Viçosa), em engenharia agronômica, ela deu total apoio para que ele saísse de Campo Grande para estudar em Minas Gerais.

Sérgio Galdino e a companheira Cristina Belluco - Arquivo Pessoal

Ele fez também mestrado na mesma universidade e doutorado na Unicamp, em Campinas.

"Foi em virtude do doutorado que Sérgio veio morar em Campinas, transferido provisoriamente para uma unidade da Embrapa [Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária] da cidade", diz a companheira, a jornalista Cristina Belluco.

Ele era pesquisador da Embrapa Territorial, onde trabalhou por mais de 20 anos. Os dois, divorciados havia anos, se conheceram em um site de relacionamento.

"Eu também estava divorciada do primeiro casamento. Conversamos pelo Messenger e telefone por alguns dias até nos encontrarmos pessoalmente. A partir daí, começamos a namorar. Nós estávamos juntos desde março de 2013", relembra.

Cristina cita a ponderação, a generosidade e a inteligência de Sérgio como suas melhores características.

"Sérgio procurava analisar um problema, uma situação difícil, antes de tomar uma atitude ou uma decisão. Pensava, em vez de agir impulsivamente. Por exemplo, é isso que o fazia me vencer no xadrez –hobby que nós dois gostávamos muito. Ele ponderava, jogava cada lance com calma, enquanto eu sempre impulsiva acabava cometendo um erro", explica.

O principal hobby dele era montar computadores. Gostava de escolher processadores, placas de vídeo, comprava as peças e, depois, montava em casa, peça por peça. Essa era a principal atividade que dividia com o enteado Gabriel, que estuda ciência da computação.

"Todos gostavam muito dele por sua simpatia e maneira carinhosa de tratar as pessoas. Toda a minha família adorava o Sérgio, e ele gostava muito de conviver com a nossa família", diz Cristina.

Sérgio morreu no dia 12 de março, aos 62 anos, por insuficiência respiratória, causada por acúmulo de líquido em um dos pulmões.

Além de Cristina, deixa o filho Gabriel Lavorato Galdino, o enteado Gabriel Belluco Perez, as irmãs Laura e Lavínia e o Totó Júnior, cachorro pelo qual era apaixonado.

coluna.obituario@grupofolha.com.br

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