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Governo do RS nega exigência de habilitação para voluntários em embarcações e nota fiscal de doações

Vídeo foi desmentido; desinformação atrapalha trabalho das autoridades

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São Paulo

Um vídeo com duas mentiras relacionadas à tragédia no Rio Grande do Sul se espalhou nas redes sociais nos últimos dias, atrapalhando os resgates. Na gravação, o empreendedor Pablo Marçal diz, erroneamente, que "os cara não estava (sic) deixando entrar de barco gente sem habilitação" e que "os caras estão querendo nota fiscal e nós estamos querendo doar comida".

O governo estadual desmentiu o conteúdo, visualizado mais de 63 mil vezes apenas no X (antigo Twitter). "Voluntários que têm embarcações e motos aquáticas estão liberados para auxiliar no resgate de vítimas das enchentes sem exigência de habilitação", informa o órgão, em nota. "Com essa medida, as forças integradas de resposta [à crise] ampliam a capacidade de resgate e evacuação de áreas afetadas pelas enchentes, o que ajuda a salvar mais vidas."

Dois barcos (o mais à frente, com quatro pessoas e, o detrás, com três) em área urbana alagada. Algumas pessoas usam colete salva-vidas
Embarcações são usadas para fazer resgates em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul - Claudia Martini - 5.mai.2024/Xinhua

Também em nota, a Sefaz-RS (Secretaria da Fazenda) afirmou que, por causa da calamidade, veículos com doações têm livre acesso nos postos fiscais.

O secretário de Segurança Pública do estado, Sandro Caron, usou o Instagram para publicar um vídeo sobre o combate contra a desinformação em meio à crise. "Quero deixar bem claro o nosso compromisso, da Segurança Pública, de responsabilizar essas pessoas que vêm espalhando fake news nas redes sociais", disse Caron. No mesmo vídeo, o chefe de polícia, delegado Fernando Sodré, disse que pelo menos oito inquéritos foram abertos até agora.

Procurado pela Folha, Marçal afirmou que duas das dez carretas que ele teria enviado "foram paradas devido a questões burocráticas", mas que "a situação foi resolvida".

Esse conteúdo também foi verificado por Aos Fatos, Agência Lupa e Estadão Verifica.

VERDADEIRO OU FALSO

Recebeu um conteúdo que acredita ser enganoso? Mande para o WhatsApp 11 99581-6340 ou envie para o email folha.informacoes@grupofolha.com.br para que ele seja verificado pela Folha.

Checamos

É um projeto dedicado ao combate da desinformação nas redes sociais patrocinado pela Philip Morris Brasil.

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