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Ribeirão Preto
PMs reclamam de demora em plantão unificado em Ribeirão Preto (SP)
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DANIELA SANTOS
DE RIBEIRÃO PRETO
Policiais Militares reclamam de espera de até oito horas para registrar ocorrências na nova Central de Flagrante em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo). A polêmica também existe entre a população da cidade e a Polícia Civil.
A Folha presenciou a reclamação feita por policiais militares que atenderam a uma ocorrência na cidade na manhã desta quinta-feira (14).
Eles dizem que carros da polícia e os PMs ficam "presos" na delegacia, enquanto poderiam estar nas ruas servindo à população.
"Nesta madrugada [de quarta para quinta-feira], três carros estavam parados no estacionamento do plantão e cerca de dez policiais esperavam atendimento", disse um dos PMs, que não quis se identificar.
Ele acrescentou que a falta de ronda gera insegurança aos moradores.
O delegado Paulo Sérgio de Oliveira, um dos plantonistas da central, confirmou a demora, mas disse que se trata de um problema isolado. Ele disse que a madrugada foi agitada, com mais boletins registrados do que o normal de outras noites.
"Casos como esses são pontuais. Não é sempre que há demora", diz Oliveira.
Ele disse que a população precisa de mais tempo para se "acostumar com o sistema que ainda é novo".
Para a delegada Monica Cristina Marsico Lombardi, existe dificuldade para distribuir escrivães e investigadores entre o flagrante e o atendimento ao público.
"Tem dia que é muita gente e vira uma confusão. São três investigadores e três escrivães em dois turnos -- das 7h às 19h e das 19h às 7h.
Na tarde desta quinta-feira, o montador Carlos Henrique Ribeiro Itso, 22, de Blumenau (SC), e três colegas de trabalho foram furtados em passagem por Ribeirão.
Eles chegaram à Central de Flagrante às 13h e só foram atendidos às 14h30.
A Secretaria de Segurança Pública informou, em nota, que as delegacias e as centrais são monitoradas diariamente. "Não recebemos reclamações de ninguém."
A mudança, que gera polêmica, aconteceu no último dia 18 e faz parte do plano de reestruturação do governo do Estado.
Procurado pela Folha, o comando da PM não falou.
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