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Ribeirão Preto

13/11/2013 - 20h50

Padrasto nega ter matado Joaquim e diz que usou insulina do garoto

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GABRIELA YAMADA
DE RIBEIRÃO PRETO

Apontado pela polícia como principal suspeito pela morte do menino Joaquim Ponte Marques, 3, o padrasto Guilherme Raymo Longo, 28, prestou depoimento nesta quarta-feira (13) na Polícia Civil de Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) e negou envolvimento no crime.

Disse ainda que fez autoaplicação de 30 doses da insulina. O depoimento de quase quatro horas foi o primeiro de Longo após ter sido preso no último domingo (10) --dia do encontro do corpo do garoto.

De acordo com seu advogado, Antônio Carlos de Oliveira, o padrasto disse que fez a autoaplicação das 30 doses de insulina que era usada no tratamento de diabetes de Joaquim, contrariando versão dada anteriormente por ele, de que foram apenas duas doses.

A aplicação teria acontecido após ele ter consumido quatro cápsulas de cocaína.

"Ele, entendendo os efeitos da insulina, se autoaplicou acreditando que poderia ficar mais calmo e, assim, evitar a vontade de usar mais drogas", disse Oliveira.

Uma das hipóteses investigadas pela Polícia Civil é a de o padrasto ter injetado a insulina em Joaquim, provocando sua morte.

Para o promotor Marcus Tulio Alves Nicolino, que acompanha o caso, o crime pode ter sido premeditado.

Edson Silva/Folhapress
Padrasto de Joaquim, Guilherme Raymo Longo, deixa a DIG de Ribeirão Preto nesta quarta-feira (13) à noite, após prestar depoimento
Padrasto de Joaquim, Guilherme Raymo Longo, deixa a DIG de Ribeirão Preto nesta quarta-feira (13) à noite, após prestar depoimento

Longo, ainda conforme o advogado, disse que tinha brigas comuns, como qualquer casal, com Natália Mingoni Ponte, 29, mãe de Joaquim, mas nunca agrediu a mulher.

Em depoimento na terça-feira (12) à polícia, Natália afirmou ter sido vítima de agressão do marido no início do ano, período em que permaneceu um mês separada dele e foi morar na casa dos pais, em São Joaquim da Barra (382 km de São Paulo).

Natália, no entanto, afirmou que não denunciou Longo e também não informou aos seus familiares sobre a agressão por medo, de acordo com o promotor.

Oliveira também disse que Longo auxiliava na educação com Joaquim, repreendendo-o quando necessário, com autorização dela.

O rapaz manteve a versão de que saiu para comprar drogas na madrugada de terça e voltou para casa minutos depois, sem ter conseguido encontrar o que procurava.

BARRETOS

Longo está preso na Delegacia Seccional de Barretos (423 km de São Paulo) e poderá ser ouvido novamente pelo delegado Paulo Henrique Martins de Castro.

Para o delegado, a hipótese mais forte é a de que a criança foi morta e depois teve o corpo jogado no córrego Tanquinho, que fica a 200 metros de sua casa.

A polícia não descarta uma reconstituição do crime.

 

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