A criatividade e a inovação, nos níveis individual e de grupo, se tornaram a verdadeira riqueza das nações no século XXI. Essas são as palavras de um recente estudo das Nações Unidas sobre a economia criativa. Não poderia estar mais de acordo.
As atitudes em promoção ao bem-estar comum estão ligadas à inovação, criatividade e ousadia. Só pessoas inconformadas com o status quo são capazes de se tornarem agentes de mudança.
Também por causa dessas características, muitas empresas investem estrategicamente em suas áreas de cidadania corporativa. Elas promovem programas sociais, engajamento de funcionários e, o mais importante, ajudam ao próximo.
Já foi comprovado que a doação de tempo e talento dos colaboradores para causas resulta em uma corrente de bem que vai para fora (beneficiários) e para dentro (funcionários).
Além da melhoria no clima organizacional, do senso de pertencimento e orgulho, o voluntariado corporativo, entendido como engajamento contínuo em ações e projetos sociais, tem ajudado a despertar algo fantástico na Oracle: o intraempreendedorismo.
Essa prática do empreendedorismo interno é reflexo de uma empresa que incentiva a autonomia e a proatividade de seus colaboradores. No melhor espírito “vai lá e faz”, tem se criado organicamente um clima de inovação, um laboratório de ideias e de experimentação onde o protagonismo é de quem está disposto a ousar, questionar, errar e refazer.
Esta liberdade tem inspirado muitos a se arriscarem, darem o melhor de si e ainda aprenderem novas competências, tais como liderar, ter empatia e se colocar em jogo num ambiente seguro.
O movimento surge com um impulso para tornar os funcionários donos de suas atitudes e com o poder de levar consigo ideias que podem remodelar estratégias corporativas.
Para isso acontecer, organizações precisam tirar a mão do volante e entender que a autonomia é uma das chaves que transformam ideias em realidade.
O fomento de ações intraempreendedoras está intrinsecamente ligado à vontade de ajudar e à oportunidade para colocar a mão na massa disponibilizada pela organização. É dar ferramentas para o colaborador criar, alinhado aos pilares da empresa e com apoio da mesma.
Na Oracle, o intraempreendedorismo tem traçado um caminho de sucesso. Juntar o nosso "core", que é tecnologia, com o que temos de mais importante, as nossas pessoas, resulta em um movimento inspirador.
Usamos a inovação como habilitadora de soluções que podem ajudar o próximo e melhorar nosso clima interno. Diversas ideias já foram dadas por colaboradores dos mais variados setores para ações voluntárias e depois foram utilizadas em seus times.
Um caso foi a criação de uma atividade que ensinava alunos de comunidades vulneráveis de São Paulo a resolverem problemas reais com um chatbot. Posteriormente, o método foi utilizado para treinamento de consultores da empresa e até processos seletivos.
Esse tipo de ação faz com que as pessoas retornem às suas áreas com mais gás, com vontade de inovar em processos e soluções e felizes por participarem da construção e do sucesso da empresa.
Do lado de fora, se observarmos esse movimento além das organizações, é possível notar que ele faz parte da mudança pela qual a sociedade passa, com transformações constantes em nossos padrões de consumo, jeito de viver e trabalhar.
Seja motivadas pela pandemia da Covid-19 ou pelo avanço das tecnologias, as empresas estão em evolução.
Por isso, a forma de garantir que vamos ter um convívio e uma sociedade melhor é desenhar um caminho mais inclusivo e de oportunidades para todos inovarem. Isso só será possível se cada um conseguir externar o seu empreendedor interior e transformá-lo em intraempreendedor, um agente de mudança na organização onde estiver.
Acredito que as empresas devem continuar fomentando esse ambiente propício para a criatividade e ajuda ao próximo, afinal não tem estratégia de retenção mais poderosa do que o brilho no olho de quem sente que está fazendo a diferença e construindo um mundo melhor.
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