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Como atividade física é aliada da saúde mental e física

Edição da newsletter Cuide-se reforça a importância da prática de exercícios físicos na população

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São Paulo

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Atividade física é uma obrigação, uma chateação, ou você é um rato de academia? Na edição desta semana, escrevo sobre a importância da prática de exercícios físicos para a sua saúde física, mental e emocional.

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A prática regular de atividade física melhora a saúde física, mental e emocional - Michal Jarmoluk/Pixabay

Mova-se

O modo de vida sedentário, além de estar associado ao maior risco de desenvolvimento de doenças, como diabetes, hipertensão, doença cardíaca e obesidade, também afeta a produção natural de hormônios no corpo responsáveis por nosso bem-estar e felicidade, como a serotonina e as endorfinas.

Por isso, o exercício pode ser o melhor aliado para condições neurológicas, como depressão e ansiedade.

A atividade física auxilia na secreção de hormônios conhecidos como quimiocinas das células musculares, que têm atuação em diversos órgãos. Como resultado, temos um aumento na força muscular, com o fortalecimento da parede do coração, aumento da secreção de insulina, que ajuda a controlar o nível de glicemia no corpo, o que reduz o risco de diabetes, sobrepeso e obesidade.

A prática regular também ajuda a aumentar a imunidade, o que pode ser uma importante aliada no combate a infecções virais e bacterianas, explica o ortopedista e especialista em medicina esportiva pela Escola Paulista de Medicina, Paulo Kertzman.

"Já temos evidências hoje que o exercício precisa ser compreendido como um tratamento, não é só por querer ou não, temos que encarar como o melhor investimento em saúde", diz.

No cérebro, o exercício aumenta a produção de neurotransmissores que atuam nas conexões entre os neurônios –as chamadas sinapses–, melhorando funções como memória, aprendizagem, bem-estar, humor e até ajudando no sono.

Quanto tempo de malhação?

A OMS (Organização Mundial da Saúde) recomenda um tempo médio de 150 a 300 minutos por semana para adultos e 60 minutos para crianças e adolescentes.

No Brasil, o Guia de Atividade Física da População Brasileira orienta 150 minutos por semana de prática livre e estimula também a atividade física moderada durante o deslocamento. Nada mais é do que caminhar para ir de um lugar a outro, como trabalho ou escola.

Vale ressaltar que a atividade física pode ser dividida em leve, moderada ou intensa, e que cada pessoa deve ajustar aquela de acordo com suas necessidades e com o seu ritmo.

"Não estamos querendo que uma pessoa comece a correr uma maratona de 42 km, mas uma caminhada, que seja de 20, 30 minutos em um ritmo confortável, subir e descer uma escada, fazer alguns exercícios com elástico, são coisas possíveis", explica o Kertzman.

Omédico explica que, além dos objetivos de estética, perda de peso e ganho de massa muscular, a atividade física deve ser estimulada como forma de prevenção também de quedas na população mais idosa.

"Aqui no Brasil temos a prática de considerar os mais velhos como ‘frágeis’, que devem ficar ‘paradinhos’, sendo que é exatamente o contrário, temos que pensar que para pessoas acima de 60, 70 anos, os benefícios da atividade física são ainda maiores", diz.


É a principal forma de contornar também a sarcopenia, que já foi tema de uma edição da newsletter e você pode lembrar aqui.

CIÊNCIA PARA VIVER MELHOR

Novidades e estudos sobre saúde e ciência

  • Assistência remota ajuda na aderência ao tratamento de diabetes tipo 2. Uma pesquisa do Hospital da Mulher Brigham, ligado ao Hospital Geral de Massachusetts, com 200 pacientes com diagnóstico de diabetes tipo 2 apontou que um programa de educação e treinamento de pacientes virtualmente com os médicos da atenção primária ajudou na continuidade e aderência ao tratamento de diabetes tipo 2. O estudo, publicado na revista Circulation, destaca ainda a importância de unir o paciente com a terapia, em vez de apenas dar orientações médicas por meio de prescrições que têm menor taxa de eficácia.

  • Estudo indica causa para persistência de fibrose cística mesmo após terapia. Portadores de fibrose cística têm risco aumentado de recorrência de infecções bacterianas que se alojam em espaços entre as células durante o desenvolvimento celular associado ao trato respiratório, escapando da ação de terapias inovadoras, segundo uma pesquisa publicada na revista American Journal of Respiratory Cell and Molecular Biology. A fibrose cística é uma doença genética rara provocada por uma mutação que impede a troca de fluidos entre células, causando o acúmulo de muco nos pulmões e em outros órgãos. Os pesquisadores usaram modelos 3D das células para chegar à conclusão, e esperam com isso ajudar no desenvolvimento de terapias-alvo.

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