Em Pequim, Brasil tem melhor desempenho paraolímpico da história
A campanha da delegação brasileira nos Jogos Paraolímpicos de Pequim, encerrados nesta quarta-feira, foi a melhor do país na história. Na China, os brasileiros conquistaram 16 ouros, 14 pratas e 17 bronzes, um total de 47 medalhas.
O último ouro brasileiro foi obtido no futebol de cinco. O time comandado pelo técnico Antônio Pádua Alves da Costa derrotou a China por 2 a 1, na decisão disputada nesta quarta.
O antigo recorde de medalhas de ouro do Brasil pertencia à delegação que foi a Atenas, em 2004, quando os atletas do país subiram 14 vezes ao lugar mais alto do pódio. Na Grécia, foram conquistadas 33 medalhas no total, outro recorde superado em Pequim.
Elizabeth Dalziel/15.set.2008/AP |
Daniel Dias deixou a Paraolimpíada como o maior medalhista de Pequim |
O desempenho em Pequim, que deixou o país no nono lugar no quadro de medalhas, supera muito o da equipe olímpica nacional. Nos Jogos de Pequim, os atletas do país sem deficiência obtiveram 15 medalhas (três ouros, quatro pratas e oito bronzes).
Enquanto os principais destaques brasileiros na Olimpíada (César Cielo, Maurren Maggi e a seleção feminina de vôlei) deixaram a China com apenas uma medalha dourada, nos Jogos Paraolímpicos o Brasil produziu multicampeões.
O maior deles foi o nadador Daniel Dias, 20, que subiu ao pódio nove vezes, melhor marca entre todos os competidores do evento. Foram quatro ouros, quatro pratas e um bronze.
André Brasil também conquistou quatro ouros na natação paraolímpica. Além das vitórias, ele obteve uma outra medalha, de prata.
Atletismo
No atletismo, o grande nome brasileiro foi Lucas Prado, que venceu as três provas de velocidade (100 m, 200 m e 400 m rasos) da categoria T11 e deixou os Jogos com 100% de aproveitando --venceu todas as eliminatórias e finais que disputou.
Andy Wong/16.set.2008/AP |
Sul-africano Oscar Pistorius foi o astro do atletismo paraolímpico. |
Lucas teve um desempenho idêntico ao do sul-africano Oscar Pistorius, nome mais famoso da competição, que se sagrou campeão paraolímpico nas mesmas modalidades, mas na categoria T44.
Pistorius, que não tem as duas pernas e corre com próteses, ganhou notoriedade ao ganhar o direito de lutar por uma vaga na Olimpíada de Pequim após decisão favorável da CAS (Corte Arbitral do Esporte).
Antes, sua participação estava vetada, porque suas próteses de fibra de carbono, conhecidas como Cheetah Flex-Foot, supostamente dariam a ele uma vantagem competitiva diante de atletas sem deficiência.
Apesar de ter obtido o direito de competir nos Jogos Olímpicos, Pistorius não obteve o índice necessário para participar do evento e tampouco foi convocado pela África do Sul para integrar o revezamento do país na disputa do 4 x 400 m.
A primeira colocação no quadro classificatório dos Jogos ficou com a China, que já havia sido "campeã" da Olimpíada. Os para-atletas do país acumularam 89 medalhas de ouro, 70 pratas e 52 bronzes.
A delegação do Reino Unido (102 medalhas, com 42 ouros) foi a segunda colocada, enquanto os Estados Unidos (99 medalhas, com 36 ouros) terminaram na terceira posição.
Com a Lancepress
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