Gallo terá amigo de Gilmar Rinaldi como seu auxiliar na seleção olímpica
Divulgação/PontePress | ||
André Luis Ferreira (esq.), 55, conversa com o técnico Guto Ferreira, da Ponte Preta |
Depois de perder o cargo de coordenador da categoria de base da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Alexandre Gallo recomeça em Cariacica-ES e em São Luís-MA a provar que merece ser o técnico da seleção brasileira olímpica nos Jogos do Rio em 2016.
Mas terá uma sombra ao seu lado. André Luis Ferreira, 55, o seu novo auxiliar técnico é amigo do coordenador de seleções da CBF, Gilmar Rinaldi, e jogou também ao lado de Dunga, técnico da seleção brasileira principal.
A seleção olímpica (sub-23) enfrentará em amistosos o Paraguai sub-23 na sexta (27), em Cariacica, região metropolitana de Vitória, e o México sub-23, no domingo (29), em São Luis.
Entre maio e junho, Gallo comandará o time sub-20 no Mundial da Nova Zelândia. Depois de uma campanha fraca no Sul-Americano do Uruguai, esses amistosos e a campanha na Oceania serão importantes para a manutenção do trabalho que começou em janeiro de 2013.
Foi Rinaldi quem decidiu que Gallo deveria deixar o cargo de coordenador e ficar "apenas" como técnico das seleções olímpica e sub-20. Chegou a ser cogitado tirar Gallo do comando desses dois times também, mas não havia substituto ideal no momento e Marco Polo Del Nero, presidente eleito da CBF, gosta do trabalho de Gallo.
Gallo ficou, mas toda a comissão técnica mudou e, agora, ele vai trabalhar ao lado de pessoas próximas à dupla Rinaldi e Dunga. André Luis jogou nas categorias de base do Inter com Rinaldi. Eles se conhecem desde o fim dos anos 70, e foram medalhistas de prata nos Jogos de Los Angeles de 1984 junto com Dunga.
A experiência em Olimpíada do atual auxiliar técnico da Ponte Preta pesou na contratação de André Luis, mas a amizade faz com que Gilmar e Dunga tenham agora maior interferência no time olímpico e no sub-20.
"A medalha de prata eu já conquistei, em 1984, justamente com o Gilmar Rinaldi e com o Dunga, que foram as pessoas que apostaram e confiaram em mim. Tiveram uma conversa longa comigo e eles me falaram o porque da minha convocação", disse André Luiz ao site oficial da Ponte Preta no dia em que foi anunciado como auxiliar, no início de março.
Rafael Ribeiro/Divulgação/CBF | ||
Gallo orienta os jogadores durante um treino da seleção brasileira |
A Folha apurou que uma das reclamações com relação ao trabalho de Gallo era o isolamento do trabalho e uma comissão formada por pessoas muito próximas e ele –o antigo auxiliar era o ex-zagueiro Maurício Copertino, que jogou com Gallo no Santos em meados dos anos 90.
Toda a comissão técnica havia chegado junto com Gallo em 2013 oriunda do Náutico, clube que o treinador comandava quando recebeu o convite da CBF. O preparador físico era Elliot Paes, que trabalhou com Gallo no Atlético-MG, em 1999, e o de goleiros era Eduardo Bahia.
A nova comissão técnica tem ainda o preparador físico Marcos Seixas, do Figueirense, clube que o novo coordenador de base da CBF, Erasmo Damiani, trabalhou –antes de assumir a seleção ele estava no Palmeiras.
Como preparador de goleiros assumiu Rogério Maia, que tem no currículo título, na mesma função, mundial com a seleção brasileira sub-20, em 2011 (última grande conquista do Brasil na base).
O fisioterapeuta contratado foi Bruno Mazzioti, do Corinthians, e o médico continua sendo Paulo Forte, ex-São Caetano.
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