Palmeiras cede empate e empurra o São Paulo para zona de rebaixamento
Newton Menezes/Futura Press/Folhapress | ||
Bruno Henrique, do Palmeiras, disputa a bola com Eduardo durante o empate no Pacaembu |
O São Paulo precisava de um favor do Palmeiras. Necessitava que o rival paulista derrotasse o Bahia por três gols de diferença nesta quinta (12), no Pacaembu, para não voltar à zona de rebaixamento. Não deu certo.
O Palmeiras ensaiou goleada, abriu dois de vantagem, mas desabou de rendimento no segundo tempo. O empate em 2 a 2 deixou o São Paulo na 17ª posição, entre os quatro piores do Campeonato Brasileiro.
O Palmeiras foi superior nos primeiros 15 minutos e controlou a partida, criando chances usando as laterais. Em uma delas, logo aos 2 min, cruzamento de Deyverson foi desviado por Moisés e completado para o gol por Willian. Foi o 16º anotado pelo atacante na temporada.
O Bahia não conseguia ficar com a bola porque o Palmeiras apertava a marcação e fazia o desarme. Parecia a equipe que em 2016, com o mesmo Cuca, havia sido campeã brasileira.
Mas aos poucos, o time caiu de rendimento. Os visitantes melhoraram e começaram a ameaçar. Fernando Prass teve de fazer boa defesa em arremate de Vinicius.
Para tentar se envolver mais na partida, Deyverson voltava ao meio-campo para buscar o jogo. Apesar de não manter o mesmo ritmo, o Palmeiras fez o segundo aos 38 min, quando Tchê Tchê ajeitou com o peito para Bruno Henrique chutar forte.
Foi a primeira vez que o Palmeiras conseguiu fazer mais de um gol em uma partida desde 27 de agosto, quando bateu o São Paulo por 4 a 2.
Abertos pelas laterais, Eduardo e Vinicius colocavam o Bahia no ataque e o time descontou aos 46 quando, em falha da marcação da zaga paulista, Edigar Junio ficou sozinho na área para desviar de cabeça.
A atuação de Deyverson começou a irritar a torcida. No segundo tempo, o público no Pacaembu passou a gritar o nome de Borja. Cinco minutos depois disso, Cuca chamou o colombiano para entrar. Antes disso, Deyverson tentou cavar pênalti em lance que recebeu na área e tentou levar a marcação.
O momento de maior vibração da torcida no segundo tempo foi a entrada do volante Felipe Melo, que chegou a ser afastado do elenco. Pela segunda vez no segundo tempo, o treinador atendeu a uma reivindicação do público. O volante não jogava há 78 dias.
O Palmeiras criou uma boa chance com Dudu, que não conseguiu driblar o goleiro para ficar com o gol aberto. Os comandados de Cuca não souberam explorar as laterais com eficiência e repetir as jogadas que resultaram nos gols. O castigo quase aconteceu aos 31 min, quando Edigar Junio bateu cruzado e Prass amorteceu o chute. Por causa disso, o arremate não teve força suficiente para entrar.
A partir dos 35 min, o Bahia começou a pressionar e obrigou Fernando Prass a aparecer com boas defesas. As alterações feitas por Cuca não surtiram nenhum efeito. Até que, aos 43 min, Mendoza caiu na área em disputa com Róger Guedes. O árbitro marcou pênalti, convertido por Edigar Junio, o melhor em campo. Nos acréscimos, os visitantes quase fizeram o terceiro.
Com o resultado, o Palmeiras atingiu os 44 pontos e está em 5º, na zona de classificação para a Libertadores. Com 32 pontos, o Bahia chegou ao 14º lugar.
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