Descrição de chapéu Copa do Mundo

Rússia diz que episódios de briga e assédio na Copa não são grande problema

Comitê Organizador Local minimizou problemas ocorridos nas cidades-sede

Fábio Aleixo
Moscou

O COL (Comitê Organizador Local) classificou como problemas menores as brigas entre argentinos e croatas e brasileiros e sérvios em estádios da Copa do Mundo e o assédio de torcedores brasileiros e latino-americanos a mulheres e crianças nas ruas das cidades-sede. 

No jogo da Argentina, torcedores do país sul-americano espancaram um croata e deram chutes em sua cabeça em Nijni Novgorod. Isso e outros incidentes levaram a Fifa a multar a AFA (Associação de Futebol da Argentina) em 105 mil francos suíços (R$ 408 mil).

Em Sérvia e Brasil, alguns torcedores trocaram socos antes de serem contidos por seguranças no estádio do Spartak, em Moscou.

Nenhuma investigação ainda foi aberta pela Fifa.

Torcedores entram em confusão nas arquibancadas do Estádio Spartak durante Brasil x Sérvia
Torcedores entram em confusão nas arquibancadas do Estádio Spartak durante Brasil x Sérvia - Francisco Leong/AFP

"Não chamaria de brigas e sim de incidentes, como o de Nijni (no jogo entre Argentina e Croácia). Algumas pessoas também foram detidas, mas a decisão de revogar ou não a FAN ID (identidade do fã) deles é das autoridades e não do COL", afirmou nesta sexta-feira (29) Alexei Sorokin, CEO da entidade. 

Questionado sobre o vídeo que circulou na internet de brasileiros cercando uma russa e fazendo menções ao órgão sexual feminino, Sorokin disse que não teve conhecimento da situação. Mas tratou também como um caso isolado. 

"Incidentes de abuso sexual ou constrangimento não representam um grande problema ou questão. Mas é claro que pedimos que todos os fãs exerçam respeito. Não importa se em reação a homem, mulher, criança ou idoso. É um comportamento padrão que deve ser exercido em qualquer país do mundo", disse. 

"Mas se houve casos de má conduta que se enquadrem como algo da área criminal haverá punição. A mensagem é clara. Quem não cumprir a lei será punido. Isso se for na Copa do Mundo ou não", disse Sorokin.

Antes da Copa do Mundo havia o temor de que a Copa pudesse ser marcada por homofobia, racismo e hooliganismo. Mas até o momento, ao final da fase de grupos, nenhum destes temas esteve em grande evidência.

"Mostramos perfeitamente ao mundo que recebemos torcedores de qualquer parte sem problemas e seguiremos dando as boas-vindas a quem ainda quiser vir. A atmosfera é cordial", completou Sorokin.

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