O croata Luka Modric, 33, quebrou o duopólio de Cristiano Ronaldo e Lionel Messi no prêmio de melhor do mundo na Fifa. O meia foi escolhido o craque de 2018, em cerimônia realizada nesta segunda (24) em Londres, na Inglaterra.
Modric, que já havia sido escolhido o melhor da última Copa do Mundo, na Rússia, derrotou Cristiano Ronaldo e o egípcio Mohamed Salah, os outros dois finalistas.
Desde 2008, os vencedores do prêmio foram sempre Cristiano Ronaldo ou Lionel Messi, Cada um ganhou cinco vezes. O português foi eleito nas duas últimas temporadas.
Essa é a primeira vez, desde 2006, que um jogador que não é atacante foi escolhido como melhor do mundo. Naquele ano, o zagueiro italiano Fabio Cannavaro ganhou. Foi também a primeira vez que um croata ficou com o troféu.
Além de ter vencido a Champions League com o Real Madrid, Modric foi eleito pela campanha no Mundial, quando foi o principal nome da Croácia que surpreendeu e chegou à final, sendo derrotada pela França.
Cristiano Ronaldo não compareceu à festa. A ausência corre o risco de marcar uma tendência. No ano passado, o finalista Lionel Messi também não foi à cerimônia.
Foi a primeira vez desde 2006 que Messi não entrou na lista de finalistas para o prêmio, resultado da derrota do Barcelona na Champions League e pela campanha ruim da Argentina na Copa do Mundo. A seleção foi eliminada nas oitavas de final. O atacante fez apenas um gol no torneio, com atuações apagadas.
Salah levou como consolação o Prêmio Puskas de gol mais bonito da temporada, marcado contra o Everton, pelo Campeonato Inglês. Ele superou gols de bicicleta de Cristiano Ronaldo e Gareth Bale e a finalização de Messi contra a Nigéria, no Mundial. A participação brasileira, com o gol do uruguaio De Arrascaeta, pelo Cruzeiro, não ganhou.
Se a escolha de Salah foi surpreendente, o mesmo não pode ser dito da premiação de melhor técnico do ano. Didier Deschamps, campeão do mundo com a França, foi o escolhido e recebeu o troféu das mãos de outro francês: Arséne Wenger, que foi treinador do Arsenal (ING) por 22 anos.
O goleiro Thibaut Courtois foi escolhido o melhor do ano pela Fifa também pelas atuações na seleção belga no Mundial da Rússia. Em seguida, ele trocou o Chelsea pelo Real Madrid.
O brasileiro Jackson Follmann, sobrevivente do acidente aéreo da Chapecoense, anunciou o nome de Courtois, ao lado do ex-goleiro holandês Edwin van der Sar.
O prêmio de melhor técnico de futebol feminino foi entregue para o francês Reynald Pedros, que comanda o Lyon (FRA).
A Fifa anunciou na cerimônia o Fifa Pro de 2018, que representa a seleção do ano para a entidade, o que mostrou algumas inconsistências. Finalista na premiação de melhor do ano, Salah não entrou na equipe dos 11 ideais. Courtois foi o principal goleiro da temporada, mas no Fifa Pro, o escolhido foi o espanhol David De Gea.
A escalação escolhida foi: De Gea; Dani Alves, Varane, Sergio Ramos, Marcelo; Modric, Kanté, Hazard,; Messi, Mbappé e Cristiano Ronaldo.
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