Após ser punida por violar uma regra na quadra, xingar o árbitro de ladrão e quebrar a raquete na final do Aberto dos Estados Unidos, Serena Williams foi multada em US$ 17 mil (R$ 70 mil) pela WTA, associação de tênis feminino.
A americana perdeu a decisão para a japonesa Naomi Osaka, no sábado (8). Na partida, a número 1 do mundo recebeu uma punição após, segundo o árbitro, receber instruções do seu técnico, o que é proibido.
Pela suposta trapaça, foi advertida pelo português Carlos Ramos. Irritada, quebrou a raquete e foi punida com a perda de um ponto. Serena, então, chamou o juiz de “ladrão”. Pelo insulto, perdeu um game.
Após a partida, o comitê de arbitragem da WTA informou que multou Serena Williams em US$ 10 mil por “abuso verbal” contra o árbitro português Carlos Ramos, US$ 4 mil por ser orientada pelo treinador durante o jogo e mais US$ 3 mil por quebrar a raquete.
“Eu vi vários homens falarem coisas semelhantes para árbitros. Eu estou aqui lutando pelos direitos das mulheres e pela igualdade. Acredito que ele tenha sido uma atitude sexista da parte dele. Ele nunca tirou um game de um homem por ter sido chamado de ladrão”, afirmou Serena.
Segundo o New York Times, não há registro de outros jogadores que tenham chamador Ramos de “ladrão” em partidas do Grand Slam. O português é considerado um dos árbitros mais experientes do tênis atual. Esteve nas finais dos quatro grandes torneios do tênis: Wimbledon, Roland Garros e abertos da Austrália e dos Estados Unidos.
“Carlos [Ramos] tem sido um dos principais árbitros do mundo desde a década de 1990 e tem a reputação de ser justo com os atletas” afirmou o ex-árbitro Mike Morrissey ao New York Times.
Serena Williams foi derrotada por 2 sets a 0 por Naomi Osaka, mas as comemorações da japonesa acabaram ofuscadas pela punição e reação da americana na quadra.
Depois da partida, já ao lado da rival, Serena Williams precisou pedir para a torcida parar de vaiar Naomi Osaka, a campeã. Com 20 anos, a japonesa é a primeira tenista do país a vencer um título de Grand Slam.
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