Descrição de chapéu Copa América

Inspirado pelo pai, Gatito é arma do Paraguai contra o Brasil

Filho de ex-goleiro com história no Inter faz ótima Copa América

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Porto Alegre

 Os três jogos feitos pelo Paraguai na primeira fase da Copa América tiveram um só melhor em campo. Até na derrota por 1 a 0 para a Colômbia o goleiro Gatito Fernández, 31, bem conhecido do público brasileiro, recebeu o prêmio de principal jogador da partida oferecido por um dos patrocinadores da competição.

O time, que avançou com apenas dois pontos e nenhuma vitória, precisará novamente de seu arqueiro para sonhar com a sobrevida no torneio.

O adversário nas quartas de final é o anfitrião Brasil, em jogo marcado para as 21h30 desta quinta-feira (27).  Provavelmente só haverá espaço para a zebra com mais uma grande atuação do camisa 12.

O goleiro Gatito Fernandez, de braços erguidos, realiza exercícios físicos durante treino da seleção paraguaia
O goleiro Gatito Fernandez, de braços erguidos, realiza exercícios físicos durante treino da seleção paraguaia - Mauro Pimentel/AFP

O número é o mesmo usado por Gato Fernández na conquista da Copa América de 1979 pelo Paraguai. O pai de Gatito, que inaugurou a tradição familiar de goleiros elásticos com apelidos felinos, é a inspiração na busca por um título que seu país não conquista justamente desde o triunfo de 40 anos atrás.

“Meu pai é minha referência. Não só pelo atleta que foi, mas pelo homem que é, pelos valores que me passou”, disse o goleiro, orgulhoso por vestir uma camisa que já foi do ídolo.

“É sempre uma alegria muito grande, uma honra jogar pela seleção do meu país. Estar na Copa América é mais um sonho realizado.”

O próximo sonho é parar a seleção de um país que conheceu ainda menino, graças ao pai. De 1991 a 1993, dos três aos seis anos de idade, Gatito morou na mesma Porto Alegre em que tentará frear o time brasileiro. Gato Fernández foi ídolo do Internacional no período e defendeu ainda o Palmeiras, em 1994, mostrando ao menino uma nação que voltaria a acolhê-lo.

Seu filho está no Brasil desde 2014, quando chegou ao Vitória. Ele ainda passou pelo Figueirense antes de se estabelecer no Botafogo, clube que defende desde 2017. Não é exagero dizer que o goleiro é um ídolo alvinegro, algo que ele construiu com um estilo distinto do exibido pelo pai.

“Ele era mais espetacular, o cara das grandes defesas”, afirmou o jogador, recordando o motivo de o apelido Gato ter sido atribuído ao hoje ex-jogador de 64 anos. “Eu procuro fazer o simples, é meu jeito. Acho que é a nossa maior diferença”, explicou.

Gatito também é conhecido por pegar pênaltis e tem uma marca impressionante no Botafogo, com 10 defesas em 21 batidas.

O Paraguai considerará certamente um sucesso a possibilidade de decidir a classificação às semifinais nos tiros da marca penal, após empate nos 90 minutos.   

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