Descrição de chapéu The New York Times

Calouro sensação da NBA, Zion Williamson estreia na liga após lesão

Ala de 19 anos, 1,98 m e 130 kg fez cirurgia no joelho e desfalcou Pelicans

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Scott Cacciola
Nova Orleans | The New York Times

Enquanto Zion Williamson dedicava os últimos três meses a se recuperar de uma cirurgia no joelho, ele tentou ser paciente. Mas isso nem sempre funcionou.

“Muitas vezes eu fiquei com vontade de socar a parede ou chutar cadeiras”, ele disse, “porque é frustrante não ser capaz de movimentar o corpo da maneira que você deseja”.

A boa notícia para Williamson, e para os numerosos torcedores que estão ávidos por ver o fenômeno de 19 anos de idade fazer sua estreia na temporada regular, é a de que a espera quase acabou. Williamson, a primeira escolha no draft da NBA no ano passado, deve jogar em casa pelo New Orleans Pelicans contra o San Antonio Spurs, na noite desta quarta-feira (22). A ESPN transmite para o Brasil às 23h30.

“Foi muito difícil”, disse Williamson na terça-feira em uma entrevista coletiva no centro de treinamento do time. “Mas o dia enfim chegou. Enfim posso voltar à quadra”.

Williamson, um ala de força de 1,98 m e 130 kg que jogou uma temporada dominante na Universidade Duke antes de optar pela NBA, atuou em quatro jogos de pré-temporada pelos Pelicans, registrando uma média de 23,3 pontos e 6,5 rebotes por partida e acertando 71,4% de seus arremessos de quadra. Mas ele passou por uma cirurgia em outubro para reparar um menisco rompido em seu joelho direito.

A lesão despertou temores de que Williamson, conhecido por suas enterradas que fazem sucesso online e pela capacidade incrível de salto, era um jogador explosivo demais, e que isso era um risco físico, considerado seu porte corpulento.

Sua ausência prolongada não aliviou qualquer dessas preocupações; os Pelicans haviam projetado inicialmente que Williamson retornaria da cirurgia em seis a oito a semanas.

Mas David Griffin, o vice-presidente executivo de operações de basquete dos Pelicans, enfatizou durante todo o período que o time estava sendo especialmente cauteloso. Williamson retomou os treinos no começo do mês. Ele disse que o processo todo foi fatigante –a angústia mental de ficar de fora de partidas e o desgaste físico da reabilitação.

Zion faz movimento de arremesso com a bola nas mãos
Zion Williamson, lesionado, antes de jogo da sua equipe contra o Sacramento Kings - Ezra Shaw - 4.jan.20/AFP

“Aprendi muito sobre o meu corpo”, disse Williamson, que acrescentou que estava aperfeiçoando sua técnica para pousar mais suavemente depois dos saltos. “Com foco em pequenas mecânicas que preciso corrigir."

Sem ele em quadra, os Pelicans tiveram uma temporada de altos e baixos. Começou perdendo 7 das primeiras 8 partidas e mais tarde perdeu 13 jogos consecutivos, durante um período brutal de seu calendário.

Mas desde então o time venceu 11 dos últimos 16 jogos, entre eles uma vitória por 126 a 116 sobre o Memphis Grizzlies na segunda-feira (20). Com 17 vitórias e 27 derrotas, os Pelicans ainda têm alguma chance de vaga nos playoffs.

O time tem um núcleo extremamente jovem e talentoso, reforçado pela ascensão de Brandon Ingram, um ala multidimensional adquirido em uma troca com o Los Angeles Lakers antes do início da temporada. Ingram, 22, tem média de 25,6 pontos, 6,7 rebotes e 4,4 assistências por jogo.

“Em minha opinião, ele é certamente um All-Star”, disse Williamson. “É preciso dizer. Avançou muito nos poucos meses desde que começamos, e quero aproveitar isso para melhorar meu jogo."

Ao mesmo tempo, Williamson disse estar ciente da antecipação que vinha se acumulando quanto ao seu retorno.

“Sei que as pessoas de Nova Orleans mostrarão muito amor, porque é isso que elas fazem”, ele disse. “Mas para as pessoas de fora, tudo que posso fazer é só convidar o amor. Se a pessoa quiser trazer amor, que traga."

Tradução de Paulo Migliacci

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