Descrição de chapéu Copa Libertadores 2020

Relembre as participações do Santos na final da Libertadores

Equipe alvinegra decidiu a competição quatro vezes e triunfou em três delas

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São Paulo

​A partida do próximo sábado (30), contra o Palmeiras, no Maracanã, será a quinta decisão da história da Copa Libertadores com a participação do Santos. O clube alvinegro tem uma trajetória de conquistas na principal competição sul-americana, algo que pretende ampliar nesta semana.

Bicampeão no tempo de Pelé, o time praiano superou Peñarol e Boca Juniors, respectivamente, para triunfar nas edições de 1962 e 1963. Quatro décadas depois, em 2003, o Boca se vingou e impediu o tri, frustrando a tentativa de Diego e Robinho.

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Já em 2011, Neymar aproveitou a chance que se apresentou. Então um garoto de 19 anos, ele liderou a vitória alvinegra, mais uma obtida sobre o Peñarol.

Agora, pela primeira vez, o clube da Vila Belmiro definirá o torneio contra um rival brasileiro.

Neymar liderou o Santos em sua última aparição na final da Copa Libertadores; em 2011, a equipe alvinegra superou o Peñarol na decisão - Daniel Marenco - 22.jun.11/Folhapress

Confira como se saiu o Santos em suas quatro finais:

1962 – Confusão e triunfo sobre uruguaios

O Santos avançou à decisão da Copa Libertadores pela primeira vez em 1962, em uma campanha na qual chegou a fazer 9 a 1 no Cerro Porteño (PAR). Também ficaram para trás Deportivo Municipal (PER) e Universidad Católica (CHI) no caminho para uma final tensa contra o Peñarol (URU).

No primeiro jogo, no estádio Centenario, em Montevidéu, a equipe dirigida por Lula venceu por 2 a 1, com dois gols de Coutinho. A segunda partida, na Vila Belmiro, teve festa dos alvinegros, que se julgavam campeões com o empate por 3 a 3, obtido com um gol de Pagão no final.

Houve uma grande confusão no gramado, no entanto, quando o placar apontava 3 a 2 para os uruguaios. E o árbitro registrou na súmula que esse foi o marcador definitivo, tendo ele dado uma falsa sequência ao jogo apenas para evitar uma revolta da multidão.

Depois de muito protestar, o Santos topou jogar uma terceira partida, em campo neutro, no Monumental de Núñez, em Buenos Aires. Pelé, fora dos duelos anteriores, voltou e balançou a rede duas vezes. Contando também com um gol contra de Caetano, o time preto e branco fez 3 a 0.

O timaço do Santos nos anos 60 conquistou duas edições da Copa Libertadores da América - José Dias Herrera/Santos/Divulgação

1963 – Bicampeão na Bombonera

Como defensor do título, o clube paulista entrou na disputa já na fase semifinal, contra o Botafogo. Com um empate por 1 a 1 no Pacaembu e um triunfo por 4 a 0 no Maracanã, os comandados do técnico Lula avançaram para a decisão diante do Boca Juniors.

O jogo de ida ocorreu no Maracanã, e o Santos chegou a abrir três gols de vantagem, com dois de Coutinho e um de Lima. Sanfilippo balançou a rede duas vezes, no entanto, e os argentinos voltaram para casa com uma derrota por 3 a 2.

Na Bombonera, em Buenos Aires, Sanfilippo voltou a marcar, abrindo o placar. Mas Pelé deu um bom passe para Coutinho empatar e, depois de encarar a marcação na entrada da área, definiu a vitória por 2 a 1, a conquista do bi e a conclusão da campanha sem nenhuma derrota.

2003 – Vingança do Boca Juniors

O Boca Juniors precisou esperar quatro décadas, mas teve sua vingança contra o Santos em uma final de Libertadores. Foi em 2003, quando o jovem time alvinegro foi à decisão liderado pelos garotos Diego e Robinho, campeões brasileiros na temporada anterior.

A formação alvinegra se classificou em primeiro lugar em sua chave, que tinha também América de Cali, El Nacional (EQU) e 12 de Octubre (PAR). Nos mata-matas, deixou para trás Nacional (URU), Cruz Azul (MEX) e Independiente Medellín (COL), porém sucumbiu diante do rival argentino.

Em Buenos Aires, na Bombonera onde festejara 40 anos antes, o Santos acabou perdendo por 2 a 0, dois gols de Marcelo Delgado. Na partida de volta, no Morumbi, tomou um gol de Carlitos Tevez que praticamente definiu o confronto.

O zagueiro Alex chegou a empatar, já no segundo tempo, em chute de longe, mas a reação não foi além disso. Delgado e Schiavi, de pênalti, fecharam o placar do embate e estabeleceram a superioridade dos argentinos sobre os comandados de Emerson Leão.

Boca Juniors fez a festa no Morumbi - Enrique Marcarian - 2.jul.03/Reuters

2011 – Triunfo sobre uruguaios e confusão

O caminho para o tri começou com dificuldades. O Santos, que já contava com o talento do garoto Neymar, assegurou apenas na última rodada do Grupo 5 a classificação em segundo lugar, atrás do Cerro Porteño (PAR). Foram eliminados Colo-Colo e Deportivo Táchira (VEN).

Nos mata-matas, o time dirigido por Muricy Ramalho derrubou América (MEX), Once Caldas (COL) e Cerro Porteño antes de reencontrar o Peñarol, seu adversário na final de 1962. Mais uma vez, o confronto com os uruguaios foi bastante tenso.

No estádio Centenario, em Montevidéu, o duelo terminou sem gols. No Pacaembu, Neymar, de pé direito, e Danilo, de pé esquerdo, deixaram a conquista bem encaminhada. Os visitantes chegaram a descontar, em gol contra de Durval, mas não tiveram força para evitar a derrota por 2 a 1.

O jeito foi apelar. Se em 1962 a briga foi durante a partida, em 2011 ela ocorreu após o apito final. Derrotados na bola, os atletas do Peñarol partiram para o combate assim que terminou a decisão, sem que isso impedisse uma festa esperada pelos santistas por quase 50 anos.

Atletas do Peñarol partiram para a briga ao apito final - Eduardo Anizelli - 22.jun.11/Folhapress
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