Descrição de chapéu Mundial de Clubes 2020

Palmeiras perde do Tigres e dá adeus a sonho de título do Mundial

Equipe alviverde joga mal e deixa escapar chance de buscar o inédito troféu no Qatar

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São Paulo

Uma semana após o êxtase pela conquista de seu segundo título da Libertadores, o Palmeiras viveu neste domingo (7) a frustração de não passar da semifinal do Mundial de Clubes da Fifa e perder a chance de buscar o inédito troféu da competição.

No Qatar, o time alviverde teve atuação fraca e acabou derrotado pelo Tigres (MEX), por 1 a 0. O atacante francês Gignac, em cobrança de pênalti, fez o gol do jogo.

O clube paulista, assim, torna-se o quinto sul-americano a se despedir da competição antes da final desde 2005, quando a Fifa adotou o formato atual do torneio.

Internacional (2010), Atlético-MG (2013), Atlético Nacional-COL (2016) e River Plate-ARG (2018) foram os outros clubes que entraram na disputa como vencedores da Libertadores e também não tiveram a oportunidade de disputar a decisão.

Essa foi a segunda participação palmeirense no Mundial. Na primeira, em 1999, no formato antigo em que se enfrentavam apenas os campeões europeu e sul-americano, o Palmeiras perdeu do Manchester United, 1 a 0.

A ausência alviverde na final aumenta o jejum dos sul-americanos. Desde 2012, quando o Corinthians superou o Chelsea (ING) no Japão, nenhum clube do continente conseguiu vencer a competição.

Mesmo presentes em 15 das 16 edições do Mundial, os mexicanos nunca haviam avançado até a final. O Tigres, portanto, terá a chance de buscar um título inédito para o país —na decisão da adiada edição de 2020, enfrentará o vencedor do duelo entre Bayern de Munique (ALE) e Al-Ahly (EGI), nesta segunda-feira (8), às 15h.

Com o Qatar fechado a turistas devido à pandemia de Covid-19, apenas residentes puderam acompanhar a partida no estádio Cidade da Educação, que teve sua capacidade de 45 mil pessoas limitada a 30%. Os cerca de 13 mil lugares disponíveis, no entanto, não foram totalmente ocupados.

Entre os presentes, alguns palmeirenses espalhados nas arquibancadas devido à determinação de adotar o distanciamento social demonstravam aflição com o desempenho da equipe.

Abel Ferreira optou por mandar a campo a mesma formação que iniciou a final da Libertadores diante do Santos, partida em que os alviverdes venceram por 1 a 0, gol de Breno Lopes.

O herói do titulo continental, porém, não pôde ser inscrito no Mundial porque o regulamento da Fifa veta a presença de atletas que tenham sido contratados após o fechamento da janela internacional. Em campo, o Palmeiras sentiu justamente a falta de alguém com a estrela dele.

O fato de Weverton ter sido o grande nome do primeiro tempo, por fazer três grandes defesas, já indicava ao time de Abel que não seria fácil superar os mexicanos. González e Gignac exigiram atuações do goleiro para evitar que a meta brasileira fosse vazada.

Em sua primeira intervenção, logo aos três minutos, o camisa 1 fez uma defesa plástica, após cabeçada de González, evitando àquela altura o gol mexicano.

Apenas Rony, em chute de fora da área, fez o goleiro Guzmán trabalhar. Os brasileiros pouco aproveitavam a forma adiantada como o goleiro se posicionava, quase como um líbero. Ainda que a etapa inicial tenha acabado com equilíbro na posse de bola, o Tigres esteve mais perto do gol.

E não foi diferente no início do segundo tempo, mas desta vez nem Weverton salvou. Aos sete minutos, Luan puxou González na área: pênalti. Na cobrança, Gignac abriu o placar.

​Enquanto Luan sofria para marcar González, Marcos Rocha deixava espaços para o colombiano Quiñones buscar a linha de fundo pelo lado esquerdo.

À frente, Gabriel Menino teve atuação aquém do que vinha apresentando, assim como Danilo e Zé Rafael erravam passes fáceis. Com o tempo, o Tigres passou a controlar o meio de campo.

Como resposta, Abel optou por três mudanças quase em sequência. Mas nem as entradas de Patrick de Paula, Felipe Melo e Willian fizeram o time recuperar a presença no meio, setor em que tinha vantagem até sofrer o gol.

Era difícil reconhecer no time palmeirense o futebol apresentado durante boa parte da campanha que o levou ao título da Libertadores. Faltavam triangulações e boas tabelas próximas à área, enquanto sobrava nervosismo com a bola nos pés e excesso de tentativas esticadas.

Ansioso, o Palmeiras passou a errar passes na busca pelo empate. Alguns jogadores abusavam de faltas bobas, ficavam em impedimento e pareciam desatentos em lances importantes.

Demonstrando mais tranquilidade, o Tigres soube frear o ritmo do jogo para segurar a vantagem até o fim e fazer história para o futebol mexicano.

Ainda sem um título do Mundial de Clubes, para tristeza alviverde e continuidade da provocação de torcedores rivais, o Palmeiras vai disputar o terceiro lugar da competição contra o derrotado do duelo entre Bayern de Munique e Al-Ahly, às 12h da próxima quinta-feira (11), mesma data da decisão.

Quando voltar ao país, ainda terá a reta final do Campeonato Brasileiro para cumprir e decidirá a Copa do Brasil, contra o Grêmio, nos dias 28 de fevereiro e 7 de março.

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