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Wimbledon começa nesta segunda; veja as principais histórias para acompanhar

Djokovic pode igualar recorde no torneio, que volta após ter sido cancelado em 2020

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São Paulo

Único torneio do Grand Slam que deixou de ser realizado em 2020, por conta da pandemia da Covid-19, Wimbledon está de volta a partir desta segunda-feira (28). Os canais SporTV e BandSports transmitem os jogos a partir das 7h.

No ano passado, a competição sofreu seu primeiro cancelamento desde a Segunda Guerra Mundial. Graças a um seguro, os organizadores puderam distribuir cerca de 10 milhões de libras a 620 tenistas cujas posições nos rankings permitiriam que eles participassem do evento.

O gesto teve repercussão positiva num momento em que os circuitos estavam paralisados e muitos tenistas sofriam as consequências financeiras.

Funcionários retiram lona parcialmente em quadra de grama
Quadras estão prontas para receber os tenistas, com a grama lisa que caracteriza o começo do torneio - Edward Whitaker - 25.jun.21/Aeltec via Reuters

Agora, Wimbledon voltará a atrair as atenções pela presença de público (com liberação de 50% ao longo do torneio e 100% nas finais), grama impecável, desfile de uniformes brancos e, claro, boas histórias esperadas dentro de quadra.

Conheça algumas delas abaixo:

Novak Djokovic em busca de mais feitos

Após a impactante conquista de seu segundo título em Roland Garros há duas semanas, quando derrotou Rafael Nadal nas semifinais e virou uma decisão de cinco sets diante de Stefanos Tsitsipas, o tenista sérvio chega como favorito a Wimbledon, torneio que já venceu cinco vezes (2011, 2014, 2015, 2018 e 2019).

Caso conquiste o hexa, o número 1 do mundo alcançará um total de 20 troféus de Slams na carreira, recorde masculino que hoje pertence a Roger Federer e Nadal. Depois da derrota em Paris, o espanhol decidiu se poupar e não jogará Wimbledon, nem a Olimpíada de Tóquio.

Já Djokovic, que confirmou sua presença nos Jogos, poderá fazer ainda mais história em 2021. Vencedor também do Australian Open, ele mantém as chances de ser o primeiro homem a ganhar os quatro Slams na mesma temporada em 52 anos —desde Rod Laver, em 1969.

Se conseguir e ainda ficar com o título do torneio olímpico, alcançará o chamado “Golden Slam”, feito inédito no tênis masculino e obtido por Steffi Graf em 1988.

Djokovic abre a quadra central nesta segunda, às 9h30 (de Brasília).

Roger Federer tenta renascer no seu principal palco

Perto de completar 40 anos, o suíço oito vezes vencedor de Wimbledon (2003, 2004, 2005, 2006, 2007, 2009, 2012 e 2017) se preparou para ter a participação na grama inglesa como o auge de sua temporada.

Ele, que só retornou ao circuito em março deste ano, após passar por duas cirurgias no joelho em 2020, até desistiu de Roland Garros depois de três vitórias. Tudo para se poupar para o seu Slam favorito.

A preparação não foi das mais bem-sucedidas, com derrota na segunda rodada de Halle, e a estreia, na terça (29), inspira cuidados, diante de Adrian Mannarino (42º colocado do ranking). Por três vezes, o francês já avançou até as oitavas em Londres.

Federer só poderá encontrar Djokovic na final. Se isso acontecer, será inevitável lembrar da decisão de 2019, quando o suíço teve dois match points, mas acabou superado pelo sérvio numa épica batalha de quase cinco horas.

Além dos dois, vale ficar de olho no que farão principalmente o russo Daniil Medvedev, o grego Stefanos Tsitsipas, o alemão Alexander Zverev, o italiano Matteo Berrettini e o russo Andrey Rublev.

Federer apoiado na rede ao lado do seu treinador e Andy Murray sentado em cadeira à beira da quadra
Roger Federer (à esq.) e Andy Murray (sentado), campeões de Wimbledon, voltam ao torneio em busca de dias melhores no circuito - David Gray - 25.jun.21/AFP

Mais uma chave feminina imprevisível, com Serena e sem Osaka

Se a decisão de 2019 entre Federer e Djokovic parece ter sido realizada num outro mundo, o mesmo pode ser dito da vitória de Simona Halep sobre Serena Williams na final daquele ano —uma partida impecável da romena.

Lesionada, a atual campeã Halep precisou desistir da edição de 2021, e Serena, outro ícone do tênis prestes a fazer 40 anos, tem sido uma incógnita, embora claramente não possa ser descartada. Ainda mais em Wimbledon, em que possui 7 (2002, 2003, 2009, 2010, 2012, 2015 e 2016) dos seus 23 troféus de Slam.

Desde que retornou às quadras em 2018, após gravidez, ela persegue a marca dos 24 títulos, recorde absoluto que pertence a Margaret Court.

Além da americana, a australiana número 1 do mundo, Ashleigh Barty, a belarussa Aryna Sabalenka, a polonesa Iga Swiatek, a tcheca Petra Kvitova e a espanhola Garbiñe Muguruza, as duas últimas com títulos em Londres, aparecem como favoritas nas casas de apostas.

Após desistir de Roland Garros em meio a uma polêmica sobre a obrigatoriedade de dar entrevistas coletivas e ter revelado que sofre de depressão, a japonesa Naomi Osaka está cuidando de sua saúde mental e deve retornar apenas para a disputa dos Jogos Olímpicos em seu país. Já Serena anunciou neste domingo que não participará da Olimpíada.

Serena Williams com máscara e agasalho branco
Serena Williams nas dependências do All England Lawn Tennis and Croquet Club, em Londres - Thomas Lovelock - 25.jun.21/Reuters

Murray de volta a Wimbledon

Bicampeão (2013 e 2016) na grama inglesa, o escocês está de volta à chave de simples do Slam após três anos de ausência. No caso do ex-número 1 do mundo, além da pandemia, foram dois anos impedidos de participar por causa da lesão no quadril que se transformou na grande tormenta de sua carreira. Em 2019, ele ainda competiu nas duplas e duplas mistas.

Atualmente 119º colocado do ranking, Murray recebeu convite para entrar na chave neste ano e se disse saudável após uma campanha com uma vitória e uma derrota na última semana, em Queens.

"Estou sempre dizendo a mim mesmo, e talvez não seja a melhor mentalidade, mas cada partida pode ser a minha última", afirmou após a derrota para Berrettini. "Quero aproveitar ao máximo cada partida que jogo e cada torneio em que tiver a chance de competir."

Certamente, o público também está ansioso para voltar ao All England Club e reencontrar o ídolo. Além de ter conquistado Wimbledon duas vezes, Murray é bicampeão olímpico, e nos Jogos de Londres-2012 venceu o torneio justamente na grama sagrada. Quatro anos depois, repetiu a medalha de ouro no Rio de Janeiro. Ele também está confirmado em Tóquio.

Brasileiros e brasileira em ação

Na chave de simples, o único representante do país será Thiago Monteiro (81º do ranking), que tem uma parada dura na estreia, contra Felix Auger-Aliassime (19º). No ano passado, esse duelo ocorreu na primeira rodada do US Open, com vitória em quatro sets do canadense.

O cearense não disputou torneios na grama neste ano, enquanto Aliassime perdeu a final de Stuttgart e chegou às semis de Halle após ter eliminado Roger Federer.

Bia Haddad ficou perto de voltar a disputar um Grand Slam, o que não acontece desde 2019, ano em que foi suspensa por doping, mas ela parou na última rodada do qualificatório.

Nas duplas, o país terá seus representantes habituais: Bruno Soares (com Jamie Murray), Marcelo Melo (com Lukasz Kubot, parceria campeã em 2017), Marcelo Demoliner (com Santiago González) e Luisa Stefani (com Hayley Carter). A brasileira retorna após perder Roland Garros por causa de uma cirurgia de emergência para retirada do apêndice.

"Muito feliz por estar na grama, eu amo a grama", afirmou a atleta. "É mais uma questão de ajustar movimentação, reação, ficar mais rápida, pois querendo ou não foram cerca de quatro semanas parada e alguns detalhes se vão. Muito bom estar de volta, ainda mais aqui em Wimbledon."

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