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Juventus é multada em R$ 3,8 milhões por irregularidade em pagamentos de salários

Clube escapa de perder pontos; time é acusado de, após ter declarado que não ia pagar salários durante a pandemia, ter feito acordo com jogadores sem comunicar

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Roma | AFP

A Juventus foi multada, nesta terça-feira (30), em 718 mil euros (R$ 3,8 milhões na cotação atual) pelo tribunal da Federação Italiana de Futebol por irregularidades em pagamentos de salários de jogadores e se livrou de uma nova retirada de pontos no Campeonato Italiano por ter aceitado se declarar culpada.

O acordo solicitado pela Juve e aceito pela federação coloca fim a uma série de processos na Justiça desportiva contra o clube.

No entanto, a punição aplicada na semana passada –que tirou dez pontos da equipe por fraudes fiscais em transferências de jogadores– foi mantida, explicou a federação.

Andrea Agnelli, ex-presidente da Juventus; ele é um dos envolvidos na investigação - Marco Bertorello - 22.mai.23/AFP

Além do clube, sete ex-diretores também receberam multas que vão de 10 mil euros (R$ 53 mil) a 47 mil euros (R$ 251 mil).

O ex-presidente da Juventus, Andrea Agnelli, pediu um prazo suplementar para chegar a um acordo com a promotoria e vai aguardar algumas semanas até ser julgado pela federação sobre o caso.

Segundo o jornal La Stampa, que pertence à família Agnelli, o clube aceitou esta solução e se comprometeu a não entrar com um recurso com o objetivo de evitar uma nova retirada de pontos, o que afastaria a equipe ainda mais dos torneios continentais.

A Juventus e vários ex-dirigentes, como Agnelli, o ex-vice-presidente Pavel Nedved e o ex-diretor esportivo Fabio Paratici, compareceram novamente ao tribunal. A acusação é de pagamento de salários de jogadores sem a devida prestação de contas, segundo a federação.

Essas "manobras" contábeis sobre os salários, com o objetivo de diminuir artificialmente os prejuízos nos balanços anuais durante a pandemia de Covid-19, foram detectadas pela promotoria de Turim em uma investigação contra a Juve.

O clube é acusado de ter declarado oficialmente o não pagamento de vários meses de salários, mas de ter chegado a um acordo com seus jogadores para pagar uma parte em um exercício fiscal posterior.

Sobre os dirigentes, a acusação é de ter declarado à Liga italiana o não pagamento de quatro meses de salário (março a junho de 2020) para 21 jogadores e o treinador, mas sem informar os acordos feitos em paralelo, explicou a federação.

Manobras similares teriam sido realizadas na temporada seguinte, 2020-2021.

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