Torcedores de Fluminense e Boca entram em confronto no metrô do Rio; Maracanã tem confusão na entrada

Clubes se enfrentam pela final da Libertadores nesta tarde; na quinta, houve pancadaria em Copacabana

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Rio de Janeiro

Três horas antes do início da final da Copa Libertadores entre Fluminense e Boca Juniors foram registrados os primeiros tumultos e lançamentos de gás lacrimogenêo no Maracanã.

Uma das confusões começou na entrada E, destinada aos torcedores argentinos. A briga entre torcedores e segurança ocorreu durante a chegada da torcida organizada La 12. O grupo carregava bandeiras e tambores quando começou a confusão.

Policiais atiraram bombas de gás contra os argentinos. Na confusão, foi possível ver um homem com uma criança no colo, retirada por segurança. Os dois depois se reencontraram após a barreira.

A Polícia Militar disse que um grupo de torcedores argentinos tentou entrar no estádio com "ingressos que não estão de acordo com o regulamento do campeonato".

Há dois policiais vestindo armaduras de proteção, montados em cavalos, e outros três policiais no chão. Ao centro da foto, um dos policiais montados segura uma espada plástica em riste. Ao redor deles estão vários torcedores do Boca vestindo azul e amarelo. Eles tentam falar com os policiais
Policiais do Rio agem para conter multidão de torcedores do Boca Juniors do lado de fora do estádio do Maracanã antes da final - Lucas Landau/Reuters

"Com o impedimento do acesso, o grupo de torcedor forçou a entrada e as equipes do Recom [Batalhão de Rondas Especiais e Controle da Multidão] e da Força Nacional precisaram intervir", afirmou.

Na estação Central do Brasil, que integra linhas de metrô e trens da região metropolitana, houve confronto entre torcedores. Imagens divulgadas nas redes sociais mostram tricolores atirando bebidas e lixeiras contra os adversários.

Segundo a polícia, agentes do 5° batalhão, da Praça da Harmonia, intervieram para conter a confusão. Concessionária da estação, a Supervia ainda não se manifestou sobre o assunto.

A polícia diz que "ambas situações foram controladas imediatamente".

Dentro do estádio, a torcida do Fluminense gritava "racistas" quando o telão alertava os espectadores de que racismo é crime no Brasil. A Polícia Civil do Rio de Janeiro tenta identificar um torcedor do Boca Juniors que fez insultos racistas em uma entrevista ao canal Todo Noticias, da TV argentina, concedida durante festa da torcida na praia de Copacabana na noite desta sexta-feira (3).

Os últimos dias foram marcados por tensão no Rio de Janeiro. Apoiadores do Fluminense e do Boca entraram em confronto na praia de Copacabana, na quinta-feira (2).

Naquele dia, nove torcedores foram detidos em dois diferentes focos de confusão entre torcedores em Copacabana. Segundo a Polícia Militar, foram levados à delegacia sete argentinos e dois brasileiros. A mídia argentina divulgou um áudio em que um dos líderes da organizada xeneize La 12 convoca os torcedores do tricolor para uma briga.

Na sexta, a tensão entre as torcidas levou a Conmebol a convocar uma reunião com a presença de lideranças da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), da AFA (Associação do Futebol Argentino), do Fluminense e do Boca Juniors.

Os times divulgaram vídeos em que pedem calma aos torcedores.

Fluminense e Boca jogam neste sábado, 17h. O time carioca tenta o primeiro título, e o Boca buca o sétimo.

O campeão deste sábado, além da taça, ficará com uma premiação de US$ 18 milhões (R$ 88 milhões).

Ao longo da competição com vitórias na fase de grupos e mata-mata, Fluminense e Boca Juniors já arrecadaram US$ 9 milhões cada um, algo em torno de R$ 45 milhões.

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