Referência entre as ginastas brasileiras em Paris-2024, Jade Barbosa teve participação dupla na conquista do bronze inédito para o Brasil na disputa por equipes da ginástica artística em Olimpíadas.
Além de compor o trio selecionado para o salto, foi ela a responsável pelo desenho dos collants com que ela, Rebeca Andrade, Flavia Saraiva, Julia Soares e Lorrane Oliveira brilharam na Arena Bercy, em Paris, nesta terça-feira (30).
No último aparelho pelo qual o Brasil passou, Jade foi a primeira a saltar e, mesmo com um desequilíbrio na aterrissagem, fez 13.366.
Na ginástica desde os 15 anos, Jade teve como primeiro grande resultado o bronze no Mundial de Ginástica em 2007. No ano seguinte, levou três medalhas nos Jogos Pan-Americanos do Rio, ouro no salto, prata na competição por equipes e bronze no solo.
Estreou em Jogos Olímpicos em Pequim-2008 e fez sua segunda participação olímpica em casa, na Rio-2016. Ao longo da carreira, sofreu com lesões e com a pressão de uma treinadora carrasca logo em seus primeiros anos no esporte.
Em entrevista ao podcast Cara a Tapa, no ano passado, contou que chegou a ter pedras nos rins porque era impedida de beber água livremente.
Em 2019, sofreu com o rompimento do ligamento cruzado do joelho esquerdo e, dois anos depois, teve uma entorse no joelho esquerdo.
Sem chances de tentar ir a Tóquio-2020 devido à lesão, participou das últimas Olimpíadas como comentarista na TV Globo e comemorou, emocionada, o ouro conquistado por Rebeca Andrade no Japão. Hoje, voltou ao ginásio e subiu ao pódio ao lado de Rebeca para receber a primeira medalha olímpica por equipes pelo Brasil.
A atleta do Flamengo acumula agora quase cem medalhas — a última delas, antes do bronze de Paris, o ouro na Copa do Mundo de Ginástica Artística em março deste ano.
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