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Começa a corrida para suceder Thomas Bach na presidência do COI

Sucessão na presidência do Comitê Olímpico Internacional terá um desfecho em março de 2025

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Coralie Febvre
Paris | AFP

Não é surpreendente que o britânico Sebastian Coe tenha sido o primeiro a tocar no assunto: o presidente da World Athletics (a federação internacional de atletismo) admitiu no domingo (11) que pensa em disputar a presidência do COI (Comitê Olímpico Internacional).

"A oportunidade se apresenta agora e preciso pensar sobre isso. Claro, é algo que vou considerar", declarou o bicampeão olímpico nos 1.500 metros.

Aos 67 anos, Coe, que estaria limitado pelas regras do COI a um único mandato de oito anos, tem um currículo extenso: organizador dos Jogos Olímpicos de Londres-2012, presidente do Comitê Olímpico Britânico e patrono do "esporte olímpico número 1, o atletismo".

Um homem de cabelo grisalho, usando um terno escuro e uma gravata, está falando ao microfone. Ao fundo, há um grande texto em letras maiúsculas que diz 'OLYMPIC AI AGENDA LAUNCH'. O ambiente parece ser um evento formal.
O alemão Thomas Back é presidente do COI desde 2013 - Ben Stansall - 19.mar.24/AFP

Além de sua aura esportiva, o dirigente pode se orgulhar de ter recuperado a imagem da World Athletics, afundada por seu antecessor Lamine Diack, condenado pelo envolvimento no esquema de dopagem russo.

No entanto, Coe fez inimigos no mundo olímpico ao decidir dar bônus aos atletas que conquistaram medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos deParis-2024 sem consultar ninguém, algo que grande parte das federações internacionais não pode igualar em nível financeiro.

Sua posição firme sobre o veto aos russos bateu de frente com o jeito ponderado de Thomas Bach, que reintegrou esses atletas sob bandeira neutra atendendo a pedidos de parte do mundo olímpico.

Se as eleições anteriores para o COI já mostraram alguma coisa, é que raramente um candidato externo é eleito e geralmente os escolhidos são aqueles que atendem a uma série de critérios: adesão ao comitê executivo, a cargos expostos, como a supervisão de uma edição dos Jogos, e ex-atletas olímpicos ganham mais pontos.

O COI nunca foi dirigido por uma mulher, mas duas são favoritas de acordo com os analistas: Nicole Hoevertz, de 60 anos, da ilha antilhana de Aruba, e Kirsty Coventry, de 40 anos, ministra dos Esportes do Zimbábue.

As duas dirigentes, membros do executivo do COI, foram muito atuantes na 142ª sessão da entidade, antes dos Jogos de Paris, já que Hoevertz preside a comissão de coordenação dos Jogos de Los Angeles-2028 e Coventry preside a dos Jogos de Brisbane-2032.

Vice-presidente do COI, Nicole Hoevertz é poliglota e jurista, assim como Bach. Representou Aruba no nado sincronizado nos Jogos de Los Angeles-1984 e passou por todas as principais comissões, especialmente a encarregada de validar os atletas russos e bielorrussos sob bandeira neutra.

A ex-nadadora Kirsty Coventry participou de cinco edições dos Jogos e conquistou sete medalhas, duas delas de ouro. Presidiu a Comissão de Atletas do COI e conta com experiência na política, mas esteve menos envolvida em serviços olímpicos.

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