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Rússia ganha primeira medalha em Paris-2024 e atleta se nega a falar sobre política

Mirra Andreeva e Diana Shnaider ficaram com a prata no torneio feminino de duplas

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Paris | AFP

As tenistas Mirra Andreeva e Diana Shnaider se tornaram neste domingo (4) as primeiras atletas da Rússia a conquistar uma medalha nos Jogos de Paris-2024, competindo sob bandeira neutra devido à guerra na Ucrânia.

As atletas russas, de 17 e 20 anos, conquistaram a prata no estádio de Roland Garros, em Paris, ao perderem para as italianas Sara Errani e Jasmine Paolini na final feminina de duplas.

Ambas fazem parte dos cerca de 30 atletas russos e bielorrussos aos quais o Comitê Olímpico Internacional (COI) permitiu competir individualmente em Paris-2024, mas sob bandeira neutra.

Duas jogadoras de tênis estão se cumprimentando em uma quadra de saibro. Ambas vestem roupas brancas, uma com uma faixa na cabeça e a outra com uma bandagem no joelho. O fundo é de terra batida, e a iluminação sugere um momento de celebração após um ponto ou vitória.
Mirra Andreeva e Diana Shnaider, da Rússia, durante partida de duplas contra as italianas Sara Errani e Jasmine Paolini em Paris-2024 - Thibaud Moritz /AFP

"Não me importa", comentou Andreeva, de 17 anos. "Só saio para a quadra para jogar e lutar. Foi isso que fizemos juntas esta semana".

Andreeva, 23ª no ranking da WTA, integrou em 2022, após o início da invasão russa na Ucrânia, um centro de tênis privado em Cannes, no sudeste da França. Sua treinadora é a ex-campeã espanhola Conchita Martínez.

Shnaider, número 24 do mundo, mudou-se naquele ano para os Estados Unidos, indo para a Universidade Estadual da Carolina do Norte.

"Não responderei a nenhuma pergunta sobre política. Estou aqui para falar de tênis", disse Shnaider.

Ambas derrotaram nas quartas de final as campeãs olímpicas de Tóquio-2020, as tchecas Barbora Krejcikova e Kateeina Siniakova.

Após a invasão russa da Ucrânia em fevereiro de 2022, o COI afastou a Rússia e sua aliada Bielorrússia das competições esportivas internacionais, antes de finalmente abrir as portas para sua participação, mas com condições.

Apenas puderam competir, sob bandeira neutra, aqueles que não apoiaram a ofensiva russa na Ucrânia e não têm vínculos com as forças armadas.

Alguns esportes, como o atletismo, decidiram excluir completamente os atletas de ambos os países.

Na sexta-feira, o ginasta bielorrusso Ivan Litvinovich, de 23 anos, conquistou a medalha de ouro no trampolim, após a prata de sua compatriota Viyaleta Bardziluskaya na mesma disciplina.

Ambos ginastas se recusaram a falar sobre sua presença em Paris-2024.

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