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A
lição que vem da crise da Argentina
Passamos
boa parte do ano passado colados à crise argentina,
o que, em algum medida, prejudicou o crescimento econômico
brasileiro.
No final,
eles quebraram, mudaram de presidentes numa velocidade que
daria inveja à pior das piores republiquetas latino-americanas
e ainda não se sabe quando vão ficar de pé,
mas o Brasil, por enquanto, mantém certo equilíbrio.
Especialmente
por termos agora um processo eleitoral, os argentinos podem
ter prestado um grande favor aos brasileiros. Isso porque
eles, às avessas, mostraram a importância da
estabilidade para o crescimento de um país. Estabilidade
já se tornava, aqui, arroz de festa, coisa normal.
E não é.
Manter
a estabilidade depende de uma atenção permanente,
da coragem de dizer não a medidas simpáticas
política e eleitoralmente. Ser bonzinho ganha, no curto
prazo, alguns aplausos, mas, no futuro, pancadaria. Significa
olhar mais para o país, menos para as pesquisas de
opinião.
O que deixamos de fazer hoje - e isso vale não só
para países, mas empresas e indivíduos - gera
pagamentos em dobro no futuro.
Vimos
o que custou o erro do presidente Fernando Henrique Cardoso
de segurar mais do que devia (e também, embora não
admita, por motivos eleitorais) o valor do real.
Graças
à crise argentina, lembra-se agora todos os dias que
a estabilidade é a base em cima da qual constrói-se
um projeto de nação.
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