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Lula
e Serra podem dizer a verdade?
O problema
de Lula é o mesmo problema de José Serra: a
bandeira da estabilidade monetária já não
é vista pela opinião pública como uma
conquista, sobra a eles apenas a promessa de que, em suas
gestões, haverá mais emprego e melhores salários.
Eles jamais
conseguiriam se eleger dizendo a verdade. E a verdade é
a seguinte: existem poucos, pouquíssimos recursos,
para acelerar expressivamente os indicadores de renda, emprego,
educação, saúde e mesmo segurança.
Paga-se
muito dinheiro de juros, devido à dívida interna.
E, pior, se tentarem mexer nos contratos unilateralmente é
possível que sintamos saudades dos atuais indicadores
sociais. Mas ninguém se elege, o que é compreensível,
sem vender ilusões.
O eleitor
maduro e bem-informado é aquele que sabe que:
1) o Brasil,
apesar de tudo, está evoluindo socialmente. Há
mais gente estudando e menos gente morrendo. 2) Aumentos salariais
e aumento de emprego são necessariamente lentos, dependendo
de fatores como balança comercial ( ou seja, mais recursos
para tapar nossos buracos externos); 3) distribuição
de renda ocorre com crescimento, que hoje é baixo,
mesclado com investimentos sociais, especialmente educação.
Já se distribuem quase R$ 30 bilhões por ano
em programas de renda mínima como bolsa-escola e previdência
rural. 4)as políticas sociais devem ser mais focadas,
o que implica monumentais brigas para os grupos privilegiados
com recursos públicos.
Tanto
Lula como Serra terão, se eleitos, que lidar com a
inexorável insatisfação nos primeiros
tempos de seu governo, devido à distância entre
o que mostram e seus promessas.
Se tiverem pressa, apelando para medidas populistas, vão
pagar um preço mais caro ainda.
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