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Direitos dos trabalhadores são desrespeitados no mundo todo, conclui ONU

Miguel Vieliczko
Equipe GD

O direito de organização dos trabalhadores está sendo desrespeitado por governos em todo o mundo. A conclusão é de um relatório divulgado dia 25 pela Organização Internacional do Trabalho (OIT), órgão das Nações Unidas. De acordo com o documento "Your Voice at Work", a globalização é uma das maiores responsáveis pelas violações.

Segundo o documento, os governos da Arábia Saudita, Omã e Emirados Árabes Unidos, por exemplo, os sindicatos são totalmente proibidos. Foram identificadas ainda violações em países desenvolvidos, como EUA e Canadá.

"Esses problemas eram vistos como se fossem apenas de países pobres. Ao contrário do que se imaginava, a globalização não homogeiniza os países", diz Márcio Pochmann, professor de economia da Unicamp.

De acordo com o relatório, a competição global provocou reestruturações na produção, aumento da produtividade, privatizações e trabalho informal - diminuindo a capacidade de organização e os direitos dos trabalhadores.

"Um relatório do banco mundial, divulgado em 1995, dizia que quanto menor a intervenção na economia, maiores seriam os direitos dos trabalhadores. O documento da OIT vem na contramão dessa posição", afirma.

Para Pochmann, a flexibilização das leis trabalhistas - atualmente também em debate no Brasil - atende apenas a interesses internacionais. "A ação dos sindicatos prejudica o modelo econômico pois aumenta os direitos dos trabalhadores", afirma. Segundo ele, em muitos países ainda prevalece a idéia de que diminuir o custo do trabalho atrai investimentos.

"Se isso estivesse certo, a África seria o país mais rico do mundo. Da década de 80 para cá, o custo do trabalho no Brasil diminuiu 1/3, e nem por isso a oferta de empregos se elevou", conclui.

Confira o relatório da OIT

Leia mais:
- Rigidez da lei dificulta contratações

 

 
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