|
Reprodução
|
|
da Folha Online
Em um adjetivo, a trilha sonora de "Através da Janela", novo filme de Tata
Amaral, é chatinha.
Toda eletrônica, composta por Livio Tragtenberg e Wilson Sukorski, no filme,
apropria-se do discurso dramático da tela e consegue, mesmo assim sem muito
êxito, incorporar o clima tenso da trama. Isso é problema. A música de um
filme deveria destacar ou até ampliar o espírito da película, não sugá-lo.
Se, e esse é o caso, as dores de mãe interpretadas por Laura Cardoso passariam,
e convenceriam muito bem ao espectador, no silêncio da noite paulistana,
a música vira penduricalho.
Sem o suporte do filme, em CD, a coisa piora. Fica difícil identificar em
qual sequência cada música se encaixa, talvez por isso as composições tenham
ganho os nomes de "Créditos Iniciais", "Sala/quarto/Raí" e "Supermercado
IV", como se fosse dito: "Olha, essa é aquela música que toca naquela parte
do filme".
Sem o discurso da película, a trilha de "Através da Janela" parece exercício
técnico de domínio de sintetizadores, repetidores e batidas eletrônicas,
sem emoção ou espírito. O mundo já está cheio demais disso. (Rodrigo
Dionisio)
Leia a crítica
do filme
Saiba mais a respeito
do debate sobre 'Através da Janela'
Veja
a agenda
|
|
|
|