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02/11/2008 - 12h59

Democratas lutam para mudar mapa político dos EUA

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CÉSAR MUNOZ ACEBES
da Efe, em Washington

Se as pesquisas de intenção de voto estiverem corretas, o dia 4 de novembro será recordado não apenas como o dia no qual um negro chegou à Presidência dos Estados Unidos, mas como o ponto quando os democratas se transformaram no partido dominante do país.

Além de escolher o novo presidente, os americanos renovarão nesse dia a Câmara de Representantes, um terço do Senado e 11 governos estaduais. E em todas essas frentes, os democratas despontam como os grandes favoritos.

Efe/AP
Barack Obama/John McCain
Favoritismo do democrata Barack Obama (esq.) contra John McCain influencia também a disputa no Congresso americano

A última vez em que o partido venceu as eleições presidenciais e conquistou uma maioria clara no Congresso aconteceu há 15 anos, com Bill Clinton, mas o momento atual é potencialmente mais significativo, segundo Steven Smith, professor de ciências sociais da Universidade de Washington em Saint Louis, no Missouri.

Smith compara o momento atual à vitória de Ronald Reagan em 1980, em meio a um clima de frustração pela "incompetência" em Washington e os problemas econômicos. "Reagan estabeleceu novas prioridades e é isso que vemos agora com os democratas", disse Smith.

Os democratas conseguiram estipular a saúde e o meio ambiente, por exemplo, entre os temas mais relevantes das eleições, o que obrigou os republicanos a definir planos sobre esses assuntos, explicou Smith.

O avanço democrata acontece enquanto nas fileiras republicanas reina o desconcerto. O próprio candidato do partido, John McCain, afirmou que seus correligionários se acomodaram no poder.

Durante toda a campanha, McCain se esforçou para afastar sua imagem da do partido. O principal motivo para isso pode ser constatado na opinião dos americanos sobre o governo atual.

Cerca de 72% deles estão insatisfeitos com o trabalho de George W. Bush, o presidente cujo assessor político, Karl Rove, um dia quis usar para criar uma "maioria permanente" a favor da legenda.

Se Obama quiser criar uma "revolução" similar à do governo Reagan precisará de um Congresso que acompanhe suas idéias, e as pesquisas indicam que isso acontecerá.

O senador pelo Estado de Illinois favorecerá muitos candidatos de seu partido que podem ser eleitos por estarem associados a sua imagem, afirmou Kareem Crayton, professor de ciências políticas da Universidade Estadual da Califórnia.

A emoção que Obama conseguiu gerar especialmente entre os negros e os jovens, dois grupos com níveis tradicionalmente baixos de participação nas eleições, conduzirá às urnas um novo fluxo de eleitores majoritariamente democratas, segundo o Centro Conjunto de Estudos Políticos e Econômicos, um instituto independente.

O otimismo é tanto que a campanha do senador democrata John Kerry afirmou em mensagem enviada a seus partidários que o "sonho" de conquistar uma maioria absoluta no Senado agora é possível.

Se conseguirem conquistar 60 cadeiras, os democratas não encontrarão qualquer obstáculo no momento de aprovar projetos de lei. Atualmente, democratas e republicanos têm 49 cadeiras no Senado, cada um, mas o partido de Obama possui uma leve maioria, porque dois independentes votam a seu favor.

Grande parte dos analistas vê a perspectiva das 60 cadeiras como um otimismo excessivo, e acredita mais em uma maioria democrata entre cinco e sete novas cadeiras.

Na Câmara de Representantes, os analistas acreditam que os democratas aumentarão sua representação em cerca de 20 a 30 cadeiras. Atualmente, o partido tem uma vantagem de 36 votos na Câmara Baixa, que possui 435 membros.

Por causa da probabilidade de uma vitória democrata acachapante nas urnas, o editorial do jornal "The Wall Street Journal", uma das vozes conservadoras mais influentes nos EUA, alertou para os riscos de uma "supremacia incontrolável da esquerda".

No entanto, os novos legisladores democratas serão em geral moderados, pois devem conquistar as cadeiras republicanas em regiões muito disputadas, onde vencerá "quem apelar para o centro", segundo Crayton.

Ao mesmo tempo, alguns congressistas atuais de distritos de esquerda verão a previsível vitória democrata como sua oportunidade para impulsionar os projetos pelos quais lutam há anos.

Comentários dos leitores
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
hugo chavez (262) 11/01/2010 22h49
As "autoridades" de imigração dos eua encobriram maus-tratos a estrangeiros e falta de atendimento médico nos casos de detidos mortos na prisão nos últimos anos, denunciou o jornal "The New York Times". A informação é parte do conteúdo de documentos internos e confidenciais obtidos pela publicação e a ONG União Americana de Liberdades Civis. Ambos se acolheram a uma lei de transparência que obriga à divulgação deste tipo de informação pelo governo. Os documentos mencionam os casos de 107 estrangeiros que morreram nos centros de detenção para imigrantes desde outubro de 2003. "Certos funcionários, alguns deles ainda em postos-chave, usaram seu cargo para ocultar provas de maus-tratos, desviar a atenção da imprensa e preparar declarações públicas com desculpas, após ter obtido dados que apontavam os abusos". É mais uma da "democracia" estadounidense que vive apontando o dedo para os outros. Quanto tempo e quantas patifarias ainda faltam para que alguns reconheçam que "liberdade e democracia" são MITOS nos eua. Ali acontece todo o tipo de manipulação, tortura, conchavo, tráfico, suborno, violência, abuso, enfim, toda a sorte de patifarias. Os eua estão mergulhados no mais profundo colapso em TODOS os sentidos. Não dá mais para encobrir que eles não se diferenciam em nada de TODOS os regimes que criticam, mas, como tem o poder das armas e são totalmente influenciados pela doutrina nazi sionista racista e fascista, são os maiores e verdadeiros grandes TERRORISTAS do mundo. São os condutores das maiores mazelas nos 4 cantos e o povo estadounidense precisa recuperar o poder e realmente conseguir resgatar sua Nação. Para começar, é preciso ter presidentes de verdade e não fantoches de 2 partidos que têm os mesmos "senhores", o sionismo internacional. Vivemos um momento decisivo onde devemos apoiar a Resistência mundial e lutar para derrubar o eixo que venceu o outro eixo na 2ª guerra e construir um mundo livre voltado para o socialismo do século XXI. Não ao capitalismo e ao comunismo, duas faces da mesma moeda controladas pelos sionismo. sem opinião
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Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
Luciano Edler Suzart (40) 09/10/2009 10h20
A situação é periclitante, se antigamente se concedia o Nobel da Paz a quem de algum modo, plantava a paz no mundo, hoje (dada a escassez de boa fé geral) se concede o prémio a quem não faz a guerra... Como diria o sábio Maluf: "Antes de entrar queria fazer o bem, depois que entei, o máximo que conseguí foi evitar o mal"
Só assim pra se justificar esse Nobel a Obama, ou podemos ver como um estímulo preventivo a que não use da força bélica que lhe está disponível contra novos "Afeganistões" do mundo.
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honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
honório Tonial (2) 16/05/2009 21h47
Considero ecelente vosso noticiario. Obrigado, aos 83 anos de mnha vida, 8 opiniões
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