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  4 de novembro
  Viva a música pop do Brasil
 

Bandas que esnobaram o Rock in Rio são motivo de orgulho

Eu sinto muito orgulho dos grupos brasileiros que resolveram boicotar o Rock in Rio. Não por causa de algum tipo de nacionalismo, longe de mim, ou de birra contra o rock (de qualidade) importado. Nada disso.

Trata-se de uma decisão (tomada inicialmente por Skank e Rappa, logo acompanhada por outras atrações nacionais do evento) madura, profissional e condizente com o atual estágio da música pop brasileira, que não compete em pé de igualdade com grandes nomes do pop internacional inclusive por causa da mentalidade retrógrada de gente como os organizadores do festival do Rio.

Basicamente o que aconteceu no primeiro Rock in Rio, repete-se sempre que há uma atração nacional e uma internacional em palcos brasileiros e iria ter replay em janeiro no Rio é o seguinte: para os estrangeiros, tudo; para os brasileiros, tudo meia-boca.

Eu estava no primeiro Rock in Rio e assisti em cores e ao vivo o mico que pagaram Erasmo Carlos, Lulu Santos, Pepeu Gomes; presenciei o esforço dos Paralamas, da Rita Lee ou do Barão Vermelho para manter o pique em condições tão adversas. Constatei, sobretudo, a submissão dos organizadores aos caprichos de músicos e empresários importados, em detrimento do produto nacional.

Chega de tocar ainda de dia sem os efeitos de luz, com a produção limitada e precária, com equipamento de segunda, com a má-vontade de quem está a fim de ficar de quatro para as "estrelas" do hemisfério norte.

Foi esse basta que os grupos brasileiros deram em alto e bom som. Aliás, muito bom som, porque vários deles produzem música de excepcional qualidade para ficar se sujeitando a esse tipo de tratamento discriminatório.

Por que só as estrelas internacionais têm direito a 225 toalhas cor de rosa com bolinhas roxas, água mineral de gelo derretido dos Alpes e champanhe a 7,5 graus, nem mais, nem menos?

Ora, chegou a hora dessa gente bronzeada e talentosa mostrar seu valor!

Por isso, parabéns aos grupos e a seus empresários, corajosos e profissionais, que não vão ao Rock in Rio. Se resolverem ir, que seja com o respeito que eles merecem.

Feitos os elogios aos nossos queridos músicos, vamos lá a mais um Besteirol da Internet, com o melhor (e o pior, dependendo do ponto de vista) do que circula pelos e-mails da vida. Tudo em nome do relax do internauta assoberbado.

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