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Como lidar com ciúmes e a paranoia no namoro?

Saber reconhecer esses sentimentos é importante para manter um relacionamento sadio e feliz

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São Paulo

Sentir ciúmes ou ter uma ou outra paranoia é muito comum quando estamos vivendo um relacionamento. Mas a situação pode ser um pouco mais complicada quando somos adolescentes e ainda pouco experientes na hora de lidar com esses sentimentos. Pode até ser que a gente não consiga nem reconhecer quando eles são excessivos.

Podemos sentir ciúmes quando imaginamos que a pessoa com quem estamos nos relacionando está interessada em outro ou outra, ou mesmo que está priorizando alguém e pode até nos trocar.

Já a paranoia é formada por um conjunto de pensamentos e sensações de que houve ou haverá uma traição a qualquer momento, por exemplo. Ela costuma gerar suspeitas sem base sobre o comportamento do parceiro.

Uma relação em que alguém está sempre com medo e a outra pessoa está sempre precisando provar suas intenções é extremamente cansativo e desgastante para saúde mental de ambos. - peopleimages.com/Adobe Stock

Segundo a psicóloga clínica Cláudia Barbieri, que atua na clínica Psicored, em São Paulo, e é autora do livro "Caminho de Volta ao Amor", esses sentimentos podem ser gerados a partir de uma baixa autoestima ou de uma autodepreciação, o que costuma ser comum na adolescência.

"Ambos causam muita ansiedade e necessidade constante de comprovação de que a pessoa é amada, porém nunca são suficientes", diz. Dessa forma, eles surgem como formas de receber reafirmações de lealdade para suprir a visão negativa que se tem sobre si mesmo.

Muitas pessoas têm dificuldade em perceber que os sentimentos não têm fundamento nas atitudes do outro e, sim, em questões pessoais. Por isso, a psicóloga afirma que os ciumentos e paranoicos costumam ter atitudes controladoras e vivem o tempo todo em vigilância para tentar ter controle sobre a situação.

Mas uma relação em que alguém está sempre com medo e a outra pessoa está sempre precisando provar suas intenções é extremamente cansativo e desgastante para saúde mental de ambos.

"Quanto mais aumenta o sentimento de insegurança, mais difícil fica viver momentos felizes e tranquilos a dois e as brigas aumentam", afirma a psicólogas. "Ninguém está livre de sentir ciúmes. Faz parte do ser humano desejar ser o único amado e ser prioridade na vida do outro, mas é importante avaliar quando ciúmes está prevalecendo no relacionamento", diz.

"Essa é a hora de conversar e alinhar o que está gerando o desconforto."

Assim, para conseguir reverter a situação, se sentir seguro e levar adiante um relacionamento saudável, a psicóloga dá a dica de que é necessário um processo de autoconhecimento para descobrir de onde vem a falta de autoestima e de autovalorização.

Depois, é necessário ter uma conversa aberta e construtiva entre os parceiros sobre o que gera o ciúmes para que tudo fique esclarecido.

"Em primeiro lugar, se conhecer e reconhecer que o relacionamento deve trazer um melhor estado de vida do que sofrimento"

Para ela, caso essas tentativas não funcionem, o ideal é procurar ajuda de um profissional capacitado para auxiliar trabalhar nas questões que geram o ciúmes e a paranoia.

O processo de autoconhecimento é essencial para saber quando suas suspeitas são sustentadas por fatos. "Quando é válida, sempre há fatos que corroboram. Por exemplo, há mudanças de atitudes, preocupação excessiva com o celular, esquivas nas redes sociais, mentiras, entre outros", afirma a psicóloga.

Ao desenvolver essas capacidades é possível construir um relacionamento saudável e feliz e, também, sair de um relacionamento em que algo como uma traição realmente esteja acontecendo.

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