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'Quem Sou Eu' propõe à criança uma jornada de autoconhecimento

Livro faz e responde perguntas para ajudar a descobrir o que define uma pessoa

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São Paulo

Vamos começar pelas apresentações: eu me chamo Marcella, sou jornalista, moro em São Paulo, tenho 41 anos, gosto de quindim, tenho um filho adolescente, dois gatinhos e uma cachorra. Será que assim já dá para dizer que a gente se conhece?

Neste parágrafo aí em cima, contei muitas coisas importantes na minha vida, definitivamente, mas sei que também deixei de fora outras informações fundamentais para quem deseja saber quem sou eu.

Este, aliás, é o nome de um livro lançado este ano, e que tenta mostrar ao leitor que definir alguém não é tão simples quanto parece. "Quem Sou Eu", de Philip Bunting, propõe diversas perguntas que todo mundo se faz quando tenta entender qual é seu papel no mundo —e tenta respondê-las

Imagem do livro 'Quem Sou Eu', de Philip Bunting, da editora Brinque-Book - Divulgação

O autor abre por aquilo que, geralmente, consideramos a coisa mais importante do mundo: "Eu sou o meu nome?", questiona Philip (e, logo em seguida, ele diz uma verdade que deixa todo mundo de queixo caído se perguntando como foi que ninguém pensou nisso antes).

Philip escreve que esse conjunto de vogais e consoantes que formam a maneira como nos chamamos não determina quem a gente é ou vai ser no futuro especialmente porque, se você imaginar que, em vez do nome que seus pais escolheram, eles tivessem escolhido outro, você ainda seria exatamente a mesma pessoa.

Também não somos o lugar onde nascemos, explica o autor, porque essa marca em nossa existência determina, no máximo, se vamos gostar de uma comida ou de outra, ou usar esta ou aquela roupa. Relevante mesmo é o fato de que moramos todos no mesmo planeta, ele diz.

Nessa jornada de autoconhecimento, Philip vai passando por cada camada de uma pessoa: a cor da sua pele, seu gênero, o que há no seu interior (músculos, ossos, sentidos, pensamentos), até chegar à parte mais profunda do ser humano: seus sentimentos.

Divulgação

Tá quente, tá quente, tá quente... é, parece que estamos nos aproximando da grande resposta à pergunta que dá nome ao livro. Nesta parte aqui, aprendemos que é imprescindível não duvidar do que sentimos.

Por exemplo: se você não se sente confortável perto de determinada pessoa, ou se uma tristeza bate sem motivo aparente, respeite essas emoções e cuide de você como você cuidaria de um amigo.

Obviamente não vou spoiler e contar qual é a resposta final, mas posso dizer que vale a pena esperar por ela -ao longo do caminho (que neste caso são as páginas de um livro), aprende-se bastante sobre relações e sobre autoconfiança, algo bom de se ter em qualquer idade.

Cada "lição" que o autor propõe vem sempre acompanhada de uma ilustração de cores vivas e bem-humorada feita pelo próprio autor. Na hora de perguntar se seríamos todos nossos sistemas internos, Philip desenha vários órgãos com olhinhos, o que deixa todos eles, do cérebro à bexiga, extremamente fofinhos.

Mais que ser um livro sobre ensinamentos, "Quem Sou Eu" é um livro sobre a liberdade de escolha —no fim das contas, a gente é quem a gente decide ser.

Quem Sou Eu

  • Preço R$ 39,90 (36 páginas)
  • Autor Philip Bunting
  • Editora Brinque-Book
  • Tradução Gilda de Aquino

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