Alunos falam sobre o que gostam e não gostam no lanche da escola

Assunto moveu atividade proposta em visita da Folhinha para conversa sobre jornalismo

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Felippa manuseia edição do jornal distribuída entre alunos do terceiro ano da Escola Viva Danilo Verpa/Folhapress

São Paulo

O que o jornalismo tem a ver com brócolis? Na Escola Viva, fundada há mais de 40 anos no bairro da Vila Olímpia, zona sul de São Paulo, a hortaliça virou notícia durante uma roda de conversa promovida pela Folhinha com os alunos do terceiro ano do ensino fundamental.

Fazia frio em uma sexta-feira de manhã, no final de setembro, quando 27 alunos do 3º A se reuniram na biblioteca do colégio. A ideia era aprender um pouco sobre como são feitas as edições online e impressa do jornal, saber como é o trabalho de um repórter, e entender como são escolhidos os assuntos que vão parar nas páginas da Folha todos os dias.

Crianças folheiam o jornal durante atividade - Danilo Verpa/Folhapress

Durante a palestra, as crianças viram uma foto do interior da redação do jornal, no centro da cidade, e também tiveram contato com imagens de jornalistas que trabalham em emissoras de TV e de suas bancadas.

Houve curiosidade para saber quanto é preciso que um apresentador ou apresentadora de telejornal esteja bem vestido na hora de trabalhar.

Maria Luisa, a Malu, foi convidada a mostrar aos colegas as páginas do jornal em branco, antes de receber a impressão das fotos e das notícias —e por falar nisso, todo mundo descobriu que uma notícia é a informação de algo novo, diferente e/ou atualizado.

E como foi que os brócolis viraram notícia? É porque, pelo que as crianças indicam, o pobre brócolis é um dos itens menos amados na hora do lanche. Elas formaram duplas e fizeram entre si uma entrevista. As perguntas eram sobre o que eles mais gostam no lanche, o que menos gostam, e o que gostariam que fosse servido nos intervalos.

"Não gosto quando no meu lanche não tem fruta", respondeu Laura, que adoraria comer morangos e macarons, aquele docinho francês. Carol, que fez dupla com ela, gostaria que o lanche tivesse ameixa doce.

Antonia fica feliz quando tem palha italiana no cardápio —para sua alegria ser ainda maior, só se tivesse sorvete de massa. Sua dupla, Tereza, sonha com panquecas, mas fica feliz quando tem morango na tigela.

Gustavo F. (ele não gosta quando escrevem só Gustavo) adora os dias com torta Madalena e cenoura, e fica chateado com o quibe de berinjela. Seu sonho? Filé de saint peter ao leite de coco.

Ele fez dupla com Antonio, que gosta de alface e "desgosta" de "tudo, menos alface". "Acho ruim quando tem ovo mexido", completou.

Felipe queria que a escola servisse o brownie da sua mãe. E, entre pedidos quase impossíveis, teve quem respondesse que amaria um lanche com hambúrguer, um cheeseburger, e "sanduíches do Burger King".

"Não gosto de tomate amarelo", confessou Helena. Luiza, sua dupla, é uma das que torcem o nariz para brócolis: "Não gosto quando tem omelete de brócolis", disse. E não é só quando misturado aos ovos que o ingrediente não faz sucesso: como recheio da trouxinha ele também tem desafetos.

Camila Freire de Melo, nutricionista da escola, defende os brócolis. "A combinação de cálcio, magnésio e zinco que esse vegetal fornece age de forma direta sobre a estrutura óssea, o que ajuda a diminuir o risco de fraturas", ensina.

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