Descrição de chapéu Todo mundo lê junto

Alunos viram repórteres e astronautas em roda de conversa em escola de SP

Folhinha reúne 43 crianças para falar sobre notícia, o trabalho dos jornalistas e para brincar de entrevista

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São Paulo

"Meu cachorro faz xixi num desses!", exclamou um menino assim que viu a pilha de 43 jornais em cima da mesa da sua escola. E certamente ele não era o único ali com um pet que, em casa, usa esse tipo de papel para suas necessidades —é comum (e importante) que a gente dê uma nova função a algo que já cumpriu sua missão.

A missão do jornal —seja ele assim impresso, de pegar na mão, ou online na tela do celular e computador— é informar. Ou seja, os jornais vão sempre tentar passar algum tipo de conhecimento para seus leitores.

Roda de conversa reuniu 43 alunos - Karime Xavier/Folhapress

Para falar sobre para que serve um jornal, como é o trabalho de um jornalista e o que é uma notícia, a Folhinha visitou uma escola no bairro da Bela Vista, em São Paulo, antes das férias de julho. A conversa na Peak School reuniu 43 crianças de idades variadas, incluindo o dono do cachorrinho lá do começo do texto.

Nesse encontro, as alunas e alunos viram, por exemplo, uma foto da redação da Folha, que é como se chama o escritório onde trabalham as pessoas que escrevem, desenham e ilustram o jornal —na imagem aparecem algumas mesas e os jornalistas donos delas.

Entre as impressões, houve quem achasse o pessoal da foto bagunceiro, por conta da quantidade de livros retratada ao lado dos computadores. Alguém perguntou por que um dos repórteres usava fones enquanto escrevia, e se a mãe dele não ia mandar tirá-los das orelhas.

Clara usa seu 'microfone' para entrevistar a amiga Hanah - Karime Xavier/Folhapress

Foi debatido o que é uma notícia e o que não é. Um prédio pegando fogo, uma nova escola no bairro e um buraco gigante que se abre no meio da rua são, sim, notícias, a maioria das crianças decidiu.

Era hora, então, de entender mais de perto como trabalham os repórteres, e foi sugerido que todo mundo formasse duplas, para uma atividade proposta pela Folhinha: enquanto um brincava de ser jornalista, o outro fingia ser um astronauta recém-chegado de Marte.

Na entrevista, o objetivo era descobrir o que de mais legal o viajante viu em sua missão espacial.

"Ele foi o astronauta Lorenzo e encontrou o Capitão Umbiguinho que deu uma banana amaldiçoada para ele e deu dor de barriga no astronauta", relatou Arthur, 7 anos. "A jornalista está me entrevistando por esse fato curioso que é voltar de Marte", disse Isadora, 7.

Cada dupla produziu seu próprio material sobre o que foi conversado. Quem ainda está aprendendo a escrever fez desenhos em que apareciam o astronauta e o planeta visitado. Os alfabetizados escreveram textos curtos em que informavam, por exemplo, que em Marte tem chocolate, mas não há chão.

"Eles curtiram muito. Participaram, tiveram curiosidade e, se deixassem, iriam por mais tempo ainda", avaliou a diretora Adriana Iassuda. "Curtiram muito mexer com esse jornal, virar a página. Todos fizeram questão de levar para casa, de não deixar na escola, de levar e mostrar para os pais."

Ela explica que a escola tenta sempre trabalhar com múltiplas linguagens, e que a roda de conversa ajudou nisso. "As crianças perceberam a importância de uma reportagem bem feita, de uma notícia bem dada e de um texto bem escrito. Foi muito interessante."

TODO MUNDO LÊ JUNTO

Texto com este selo é indicado para ser lido por responsáveis e educadores com a criança

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