Com aura de mito, Alain Delon volta ao Festival de Cannes
O cinema, todos sabem, só existe porque existem os mitos. Pois foi cercada dessa mitologia a passagem de Alain Delon e Claudia Cardinale pelo tapete vermelho, no início da noite de hoje.
Ambos acompanharam, na Sala Debussy, dentro da sessão Cannes Classics, a exibição de um dos mais belos filmes da história do cinema, "O Leopardo" (1963), de Luchino Visconti.
Mas nem só de mitologia vivem os astros. Há, até mesmo nas vindas para Cannes, episódios que desconcertariam o mais comum dos mortais.
Pois Delon, com sua elegância lendária, passou duas vezes por constrangimentos no festival.
Certa vez, ao chegar ao aeroporto de Nice, ficou parado, de maleta na mão, esperando que alguém aparecesse para buscá-lo.
Chistophe Karaba/Efe | ||
Alain Delon e sua filha Anouchka Delon posam no tapete vermelho nesta sexta-feira |
A cena improvável, de um Delon desolado, de malinha na mão, na calcada, é relatada por Gilles Jacob, diretor do festival, no livro "Cidadão Cannes", que chega hoje às livrarias brasileiras.
Outra vez, numa homenagem que deveria receber, Delon não compareceu por uma razão bem simples: telefone sem fio daqui, telefone sem fio dali, acabou não sendo convidado.
Jacob admite que, depois dessas duas mancadas, chegou a temer que o ator de "Rocco e seus Irmãos" nunca mais pisasse na Croisette.
Como se vê pela foto, pisou não só na Croisette como no tapete vermelho.
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