Zé Celso deve depor na polícia sobre ato na PUC-SP
O diretor de teatro Zé Celso Martinez Corrêa deve se apresentar às 17h desta terça (11) à polícia para dar explicações sobre ato na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, em novembro de 2012.
Na ocasião, ele conduziu uma manifestação em prol do movimento grevista que rejeitava a indicação da professora Anna Cintra (terceira colocada em eleição interna) à reitoria -ela foi confirmada no cargo em fevereiro passado.
No ato, que reuniu cerca de 200 pessoas no campus de Perdizes (zona oeste), um boneco de três metros de altura que representava um sacerdote -em referência à Igreja Católica, que administra a PUC- teve partes do corpo mutiladas até perder a cabeça.
Adriano Vizoni/Folhapress | ||
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Zé Celso durante ato na PUC-SP, em novembro de 2012 |
Em resposta à intimação, emitida no último dia 24, o diretor publicou uma carta aberta na internet. "Diante desta intimação delicada, que tem por trás os fundamentalistas que querem nos criminalizar, ponho a boca no mundo."
No texto, o diretor lembra que o boneco usado no ato na PUC é a adaptação de uma figura de sua peça "Acordes", que estava em cartaz em São Paulo naquela época.
E registra: "[O teatro] é o espaço da liberdade total. Nós das artes que lutamos para abolir a censura no Brasil durante a ditadura militar e ganhamos esta conquista, não podemos recuar e aceitar a censura à nossa atividade".
Procurada pela Folha, a assessoria de imprensa da PUC-SP não foi localizada para comentar o caso.
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