Opinião: Produção musical do Pará é diversa, rica e supera o 'regionalismo'
É típico: sempre que cenas regionais são alçadas à vista do grande público, parte de seus expoentes fica à margem do recorte feito por rádios, TVs e gravadoras, que pinçam nomes para servir como metonímia do que querem expor.
Um risco a quem emerge dessas cenas é o de ser posto no saco do "regionalismo", como se não houvesse particularidades em cada nome. Pior ainda é ser carimbado como "exótico", termo a um passo do preconceito.
Pará lança ritmo junglebeat, mistura de batidas africanas e músicas regionais
Ouça o junglebeat, gênero que mescla batidas africanas e ritmos do Norte
Para os mais atentos, desde o início dos anos 2000 a música do Pará se transformou numa botija de estilos, gêneros e influências (uma fronteira aberta para países latinos e caribenhos), que serve a variados recortes, do brega ao cult, do dançante ao experimental.
Com curiosidade e fones de ouvido, é possível descobrir um universo igualmente rico por trás dos nomes em voga na mídia (Gaby Amarantos, Gang do Eletro, Calypso), mostrando o quanto é vasta e se renova permanentemente a cena.
E o que é melhor: numa variedade tamanha de estilos que só a falta de criatividade justificaria restringi-los ao recorte geográfico. Ora, importa que é música --e da boa.
Livraria da Folha
- Box de DVD reúne dupla de clássicos de Andrei Tarkóvski
- Como atingir alta performance por meio da autorresponsabilidade
- 'Fluxos em Cadeia' analisa funcionamento e cotidiano do sistema penitenciário
- Livro analisa comunicações políticas entre Portugal, Brasil e Angola
- Livro traz mais de cem receitas de saladas que promovem saciedade