Segmento juvenil vive 'boom' de fórmula dos romances distópicos
Se, no segmento adulto, as distopias rendem debates, no mercado juvenil dão em best-sellers. O exemplo mais famoso é a bem-sucedida trilogia "Jogos Vorazes", da americana Suzanne Collins, editada no Brasil pela Rocco.
A autora é a que mais vendeu livros na história do Kindle, o aparelho da Amazon, que não detalha números.
Novos romances distópicos trazem grandes corporações como vilãs
Publicada em 2008, a série originou no cinema uma franquia cujo primeiro filme fez US$ 408 milhões nos EUA.
Editoria de Arte/Folhapress | ||
O êxito inspirou sucessores na literatura com levada semelhante: histórias futuristas sobre adolescentes que enfrentam os dilemas de um destino já traçado.
É o caso da série "Divergente", de Veronica Roth (Rocco, R$ 39,50 cada volume), "Delírio", de Lauren Oliver (Intrínseca, R$ 29,90 cada volume), e "Destino", de Ally Condie (Suma de Letras, R$ 31,90 o primeiro volume),
No Brasil, a fórmula resultou na série "Anômalos", da brasiliense Bárbara Morais, 24. O primeiro volume, "A Ilha dos Dissidentes" (Gutenberg, R$ 34,90), acompanha uma jovem que é segregada por ter poderes especiais.
Inspirada na série "Jogos Vorazes", Morais diz que distopias "fazem todo o sentido para quem é adolescente".
"É uma fase de desencanto com o mundo, com os adultos. Os jovens se sentem deslocados, oprimidos", diz.
"Há uma pressão grande sobre o adolescente desde cedo; por competitividade, por bom desempenho", diz o escritor Roberto Causo. "Não é à toa que nesses livros os heróis são sempre recrutados cedo demais a cumprir alguma missão." (GG)
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