Crítica: Atuação de Bruce Dern faz 'Nebraska' ser belo como é
Desde "As Confissões de Smith" (2002), pelo menos, os filmes de Alexander Payne nos confrontam com pessoas que buscam a si mesmas. Assim era em "Sideways — Entre Umas e Outras" e em "Os Descendentes".
Não que "Nebraska" (2013, Max, 19h, 12 anos) seja melhor, não é esse o ponto. Mas há algo de tremendamente estranho e sedutor na ideia de um velho senhor que sai pela estrada, a pé, na rota Montana/Nebraska, a fim de reclamar um prêmio que acredita ter ganho.
Quem sai em busca de si mesmo é, de certa forma, um homem senil, ou que pelo menos já não compreende o mundo em que vive. Sua busca é, portanto, retrospectiva (um retorno à cidade em que cresceu), mas também envolve o restante de sua família.
Uma brilhante fotografia em preto e branco e um brilhante Bruce Dern como Woody Grant, ajudam o filme a ser belo como é.
Divulgação | ||
Os atores June Squibb, Bruce Dern e Will Forte, que interpretam pais e filho em 'Nebraska' |
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