Valentino e Ungaro são tema da coleção Moda de A a Z
Mais do que exclusiva, a alta-costura é a vertente da indústria da moda que preza pelo rigor da manufatura. No universo restrito dos estilistas que no século 20 eram chamados de costureiros, o francês Emanuel Ungaro, 82, e o italiano Valentino Garavani, 83, são lendas vivas das tesouras.
Destaques do 21º volume da coleção Moda de A a Z, que a Folha lançará no próximo domingo (10), ambos decretaram sua aposentadoria entre 2005 e 2008. O ritmo frenético de criação e as obrigações comerciais serviram de justificativa para os retiros.
Valentino é o mestre do tapete vermelho. Seus vestidos, da mesma cor do piso por onde passam as celebridades, tornaram-se famosos por deixar colos à mostra com decotes "V", inicial do estilista.
O estilo de Ungaro, ao contrário do de Valentino, é vivo, colorido e com recortes assimétricos que revelam partes do corpo feminino.
Formado pelo espanhol Cristóbal Balenciaga (1895-1972) em seu ateliê, Emanuel Ungaro viu os negócios definharem após sucessivas tentativas de grupos empresariais que detinham sua marca.
No episódio mais controverso, o paquistanês Asim Abdulah, detentor da marca que leva o nome do estilista, passou o comando criativo à atriz Lindsay Lohan.
A garota-problema de Hollywood não passou mais de uma temporada no comando, hoje com estilo gerido pelo italiano Fausto Puglisi.
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