Marjorie Estiano se une a roqueiros em show grátis neste domingo em SP
Paula Giolito/Folhapress | ||
A cantora Marjorie Estiano posa para retrato no estúdio Nas Nuvens, no Rio |
Pelo quinto ano consecutivo, o projeto da marca Nivea que presta homenagem à música brasileira com série de shows gratuitos e ao ar livre em várias capitais vai ser encerrado em São Paulo. Em 2016, o tributo é para o rock nacional.
Neste domingo (26), numa praça da Zona Norte paulistana, nomes populares do gênero se apresentam com uma superbanda montada pelo produtor e ex-Mutantes Liminha. São eles: Paralamas do Sucesso, Dado Villa-Lobos, Paula Toller, Nando Reis e... Marjorie Estiano.
Sim, o nome da cantora de 34 anos, mais famosa como atriz, pode causar alguma estranheza. Mas, pelo que foi visto e ouvido nos seis shows já realizados (Porto Alegre, Recife, Rio, Fortaleza, Salvador e Brasília), ela segura muito bem a onda ao lado dos veteranos, mesmo sob a pressão de plateias com mais de 100 mil pessoas –até agora essa temporada acumula público estimado em 750 mil espectadores.
Marjorie recebeu o convite uma semana antes do início dos shows, para substituir Pitty, que ficou grávida. "Foi quase sem tempo para ensaiar, e me pegou no meio de uma crise de sinusite, meus olhos lacrimejavam. Aí, fui na intuição. É um privilégio, eu cresci ouvindo a música deles. A plateia tem uma relação afetiva com o repertório, e eu também", conta Marjorie.
TRÊS ÁLBUNS
Ela só teve público grande em alguns festivais dos quais participou desde 2005, quando lançou seu primeiro disco, depois de ter começado a cantar na novela teen "Malhação".
No ano passado, lançou seu terceiro álbum, o autoral "Oito", que não divulgou muito. Fez poucos shows, em lugares pequenos. Ela não se sente acostumada a públicos tão imensos como os desta turnê.
"Talvez eu nunca me acostume. Num lugar menor, você trava contato visual com as pessoas, olho no olho. Mas, nessa proporção, o público vira uma massa, uma coisa forte, quente. Dá para sentir esse calor, essa vibração. Não sei se tem alguma explicação científica, mas é muito forte", diz, rindo.
O repertório do show vai de "Banho de Lua", sucesso de Celly Campello (1942-2003) em 1960, até canções recentes como "Me Adora", que Pitty gravou em 2009. Esta é uma das que Marjorie canta sozinha. As outras são "Panis et Circenses" (Caetano e Gil), "Fullgás" (Marina Lima) e "A Praieira"(Chico Science).
Ela participa de outros dos 35 números previstos, porque o show, produzido por Monique Gardenberg, utiliza várias formações, de duplas ou trios, para contar as cinco décadas e meia do rock no país.
A sequência que encerra as mais de duas horas de show vai reunir todos no palco. Marjorie, Paralamas, Nando Reis e Paula Toller devem emendar "O Último Romântico" (Lulu Santos), "Pro Dia Nascer Feliz" (Barão Vermelho), "Do Seu Lado" (Nando Reis), "É Preciso Saber Viver" (Roberto e Erasmo) e "Agora Só Falta Você" (Rita Lee).
"O público é muito diverso, tem criança, gente mais velha, famílias inteiras", vibra Marjorie. É definitivamente a pegada dos shows do projeto, que já prestou homenagem a Elis Regina (2012), a Tom Jobim (2013), ao samba (2014) e a Tim Maia (2015).
NIVEA VIVA ROCK BRASIL
QUANDO domingo (26), às 16h30;
ONDE pça. Heróis da FEB, Santana (junto à av. Santos Dumont)
CLASSIFICAÇÃO livre
QUANTO grátis
Livraria da Folha
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