Escritório publica imagens de maquete do novo anexo do Masp

Obras no edifício Dumont-Adams, vizinho do museu na Paulista, estão paradas desde 2013

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São Paulo

O escritório Metro Arquitetos publicou nesta terça (18) em sua conta no Instagram duas imagens de uma maquete onde se vê o projeto pensado para o novo anexo do Masp.

O anexo funcionará no que foi um dia o edifício Dumont-Adams, vizinho da sede do museu, projetada por Lina Bo Bardi e inaugurada na avenida Paulista há 50 anos.

Desde 2013, após disputas judiciais com o patrocinador inicial, a empresa telefônica Vivo, as obras estão paradas.

A construção é alvo de negociações com os órgãos de patrimônio pois, embora o Dumont-Adams não fosse tombado, encontra-se na área envoltória do Masp, que é protegido em todas as instâncias.

O que sobrou do antigo edifício de luxo é hoje um esqueleto, encimado por uma torre onde deveria haver um mirante, segundo o primeiro projeto do anexo, de autoria de Júlio Neves, arquiteto que presidiu o Masp por 14 anos.

Nas fotos publicadas nesta terça pelo escritório de arquitetura, é possível perceber que não haverá mais a distinção de volume no topo do edifício. Em uma delas, nota-se também que haverá pisos com altura dupla e meias lajes, como mezaninos. Uma das ideias consideradas ao longo dos anos é uma ligação subterrânea, por um túnel, entre os dois prédios.

Quando do cinquentenário do edifício de Lina Bo Bardi, em novembro, o arquiteto Martin Corullon, que trabalha para o Masp desde 2015, informou à Folha que o projeto do anexo encontrava-se em análise pelos órgãos de patrimônio. 

Procurado após a publicação das imagens, o escritório disse que não poderia detalhar o projeto antes de reunião com o museu, para a qual a maquete fora preparada. 

Um membro do conselho do Masp  disse à Folha que as imagens postadas no Instagram parecem ser uma versão mais elaborada do projeto que fora apresentado em ocasião anterior pelo escritório. 

O museu ainda não bateu o martelo sobre o projeto — a aprovação depende de projeto de captação de recursos, para cobrir o custo estimado de R$ 100 milhões. Procurado, porém, o museu informou que "irá retomar o projeto do prédio anexo em 2019".

A sede do Instituto Moreira Salles, projeto de Vinicius Andrade e Marcelo Morettin inaugurado na avenida Paulista em setembro do ano passado, custou R$ 80 milhões; o edifício do Sesc 24 de Maio, projetado por Paulo Mendes da Rocha e aberto no centro em agosto de 2017, consumiu R$ 120 milhões.

Colaborou Marcelo Pliger.

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