Descrição de chapéu Rock in Rio

Elza Soares grita por travestis, Marielle e Ágatha Félix no Rock in Rio

Na apresentação com mais participações especiais até agora, cantora tocou sucessos recentes

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Rio de Janeiro

Uma apresentação de Elza Soares já costuma ser poderosa por si só, mas sua presença em um megafestival como o Rock in Rio, com um disco recém-lançado e ao lado de cantores da nova geração parece deixar tudo ainda maior.

Em uma hora de show e em um palco todo amarelo, neste domingo (28), a cantora carioca percorreu especialmente os últimos anos de sua carreira, período em que lançou “A Mulher do Fim do Mundo”, de 2015, “Deus É Mulher”, de 2018, e o mais recente “Planeta Fome”, deste mês.

A mistura de sonoridade e letras fortes ganhou novas roupagens ao vivo, mais eletrônicas e com batidas mais pesadas —ocasionalmente até mais altas que a própria voz de Elza, que reclamou algumas vezes do som.

Elza Soares durante apresentação no primeiro fim de semana do Rock in Rio 2019
Elza Soares durante apresentação no primeiro fim de semana do Rock in Rio 2019 - Adriano Vizoni/Folhapress

Tudo acompanhado pelo público grande e participativo do palco Sunset, que seguiu gritos de "viva as travestis" puxados na participação de As Bahias e A Cozinha Mineira em "Se Acaso Você Chegasse". Também respondeu com "não é não" quando Elza antecipou "Maria da Vila Matilde" declarando que "gemer agora só de prazer".

"A gente vive num país de sonho. Esse povo sofrido que sonha com um lugar melhor para viver. É preciso acordar, lutar, ir para as ruas, aprender a votar", disse Elza antes de cantar "País dos Sonhos". "Nós não sabemos votar, precisamos aprender. Esse Rio de Janeiro acabado, completamente distorcido", completou, seguida de gritos da plateia contra o presidente Jair Bolsonaro.

Ela ainda citou os nomes de Ágatha Félix, Marielle Franco e Evaldo Rosa dos Santos.

No show com mais participações especiais do Rock in Rio até agora, a carioca ainda chamou ao palco o rapper Edgar, que a acompanhou em "Chega", Jessica Ellen e Rafael Mike em "A Carne", e Kell Smith.

A mistura com novos artistas não é atípica para Elza, que acompanha de perto a nova música brasileira.

Seus últimos discos têm envolvimento de uma lista enorme de nomes de destaque, como Tulipa Ruiz, Russo Passapusso, BNegão, Mariá Portugal, Kiko Dinucci, Guilherme Kastrup, Romulo Fróes e Caio Prado, para citar alguns.

A carioca terminou a apresentação cantando "Volta por Cima" ao lado de seus convidados, com um "eu não vou sucumbir" no telão e declarações de amor da plateia.

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