O presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, adiou neste sábado (4) lançamentos de grandes projetos no país, incluindo do Grande Museu Egípcio e do Museu Nacional da Civilização Egípcia, que ocorreriam neste ano. Agora, as aberturas estão previstas para 2021, segundo comunicado do governo.
A decisão foi feita devido "às circunstâncias e repercussões do processo de combate à disseminação do novo coronavírus, tanto em nível nacional quanto global”, afirmou o documento.
O governo diz querer começar a administrar o Egito a partir de uma nova capital administrativa em meados de 2020. Mas o projeto de US$ 58 bilhões (cercade R$ 307 bilhões) sofre para arrecadar fundos e enfrenta outros desafios após a saída de alguns investidores.
A decisão se junta ao fechamento de outros museus ao redor do mundo —o Louvre (em Paris), o MoMA (em Nova York), o Prado (em Madri) e o Masp (em São Paulo) ssão só alguns exemplos de instituições que fecharam as portas por causa da Covid-19.
Enquanto a crise do coronavírus devasta a indústria cultural ao redor do mundo, o Conselho Internacional de Museus (Icom, na sigla em inglês) publicou uma nota em que pede ajuda a líderes e representantes políticos para o setor.
"Sendo claramente conscientes de que a prioridade é garantir a vida e a segurança econômica das populações afetadas, expressamos nossa preocupação a respeito do futuro dos museus e do patrimônio cultural de valor inestimável que abrigam", diz a nota publicada no site da instituição.
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