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Entenda o que significa o recorde de 1,5 bilhão de votos em paredão do 'BBB'

Felipe Prior disputou a permanência na casa com Manu Gavassi e Mari Gonzalez e foi eliminado do reality

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São Paulo

A 20ª edição do "Big Brother Brasil" quebrou um recorde de maneira surpreendente nesta terça-feira (31): o mais recente paredão do programa, disputado por Felipe Prior, Manu Gavassi e Mari Gonzalez, recebeu mais de 1,5 bilhão de votos.

O número chamou atenção até mesmo de quem não acompanha o reality show e superou, com ampla diferença, o recorde anterior de engajamento em um paredão —também nesta edição, a disputa entre Gizelly, Guilherme e Pyong havia recebido 416,6 milhões de votos.

Agora, foram exatamente 1.532.944.337 votos registrados. Desses, 56,73% pediam a eliminação de Prior, enquanto 42,51% foram na conta de Manu e 0,76%, na de Mari.

O número é tão expressivo que fez com que muita gente suspeitasse de sua veracidade. O ex-BBB Lucas, eliminado em fevereiro e aliado de Prior no programa, chegou a pedir uma recontagem dos votos em um vídeo publicado nas redes sociais e, mais tarde, apagado.

A Globo, no entanto, reafirma que o sistema de votação utilizado no "BBB" tem mecanismos de segurança e de monitoração, evitando assim fraudes como a utilização de robôs. Durante todo o período da disputa, equipes de tecnologia monitoram seu andamento, esclarece a emissora.

"Não temos nenhum indício de votos realizados por robôs, ou quaisquer outros mecanismos de fraude, que impactem a dinâmica do programa. Qualquer tentativa de automação de votos estaria sujeita às validações de controle e segurança, que são aplicadas no processamento de cada um dos votos."

Então como os telespectadores brasileiros alcançaram a proeza de angariar votos suficientes para que o número superasse o da população da Índia, de cerca de 1,3 bilhão de pessoas?

O próprio Tiago Leifert deu a resposta, em uma brincadeira feita enquanto comentava os resultados: é preciso apertar o botão de votar até ter tendinite.

Isso, claro, causou instabilidades no sistema de votação ao longo desta terça, o que levou o apresentador a pedir paciência àqueles que acompanhavam o programa, pois seu site estava enfrentando problemas para acomodar tantos acessos simultâneos.

Parte deles foi certamente motivado pelos pesos-pesados que entraram na briga centralizada em Prior e Manu.

Ele era anônimo, mas recebeu o apoio de vários jogadores de futebol nas redes sociais, incluindo Neymar e Gabigol, que pediram votos para que o arquiteto permanecesse no confinamento. Até mesmo o deputado federal Eduardo Bolsonaro declarou seu apoio ao rapaz.

O total de votos do paredão, inclusive, supera tranquilamente a quantidade de eleitores que foram às urnas na campanha que elegeu seu pai, Jair Bolsonaro, como presidente –115.933.451 brasileiros participaram do segundo turno da eleição.

Mas vale lembrar, novamente, que, ao contrário das campanhas políticas, no "BBB" todos são livres para votar quantas vezes quiserem.

Manu, pertencente à safra de famosinhos desta edição do reality, já tinha sua base de fãs antes mesmo do início do programa. A eles se somaram os fãs que embarcaram na onda de artistas como Bruna Marquezine, Thammy Miranda, Hugo Bonemer, Agatha Moreira e Bruno Gagliasso, que ou apoiaram a atriz e cantora, ou queriam a eliminação de Prior a qualquer custo.

Diante de um número tão gigantesco e inédito, é normal que certo estranhamento seja gerado, mas ele é facilmente explicado pelas condições particulares desse paredão, em uma das edições mais divididas da história do "Big Brother Brasil", que opôs "machistas" e "feministas" e refletiu o clima de polarização do país.

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